Ascomcer garante atendimento à população

A Ascomcer (Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora) reforçou neste sábado (29) que o atendimento à população não será interrompido. Reportagem da Tribuna publicada no mesmo dia mostrou que parte dos médicos ameaçavam paralisar as atividades a partir da próxima quarta-feira (3) por conta do atraso de salários. Alguns estariam sem receber o pagamento referente a setembro do ano passado.
Em nota pública, a diretoria da Ascomcer afirmou, ainda, “repudiar veementemente” a alegação de que profissionais do corpo clínico teriam sido hostilizados durante negociação. “No caso específico da ameaça de suspensão das atividades por sete (plantonistas internos) de nossos 173 médicos, ressaltamos que a postura da Ascomcer não foi diferente da de sempre, de se pautar pelo diálogo, tanto que já temos a confirmação de dois dos sete profissionais que participaram da notificação que não irão aderir a nenhuma paralisação”.

A notificação extrajudicial comunicando oficialmente sobre a possibilidade de suspensão dos trabalhos caso as partes não entrem em acordo foi enviada ao hospital no último dia 18. Os médicos mobilizados atuam em plantões na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na enfermaria. “O código de ética dos médicos não permite que eles abandonem os postos. Por isso, fizemos a comunicação com o prazo de 15 dias”, disse em entrevista à Tribuna o advogado Lenilson Alexandre Fonseca, representante de sete profissionais que alegam atraso de pagamento.

“A associação tem profundo respeito por todos os seus médicos. Como restou provado em contranotificação apresentada ao advogado dos sete profissionais médicos em questão, nos últimos meses foram inclusive feitos diversos pagamentos a eles, contradizendo a alegação de que estariam eles sem recebimentos há mais de cinco meses”, garantiu a diretoria.

Diante da situação, o delegado do Conselho Regional de Medicina em Juiz de Fora e Zona da Mata, José Nalon, orientou os médicos da Ascomcer a procurarem o sindicato. A diretoria da Ascomcer confirmou haver pagamentos em débito, mas alegou que a situação é pontual. “Há um atraso em decorrência da grave defasagem na tabela de remuneração do SUS e da ausência de repasse por parte do Governo de Minas Gerais.” Segundo estimativa da instituição, a dívida chegaria a R$ 860 mil, e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi acionado.

O hospital oferece tratamento na área oncológica para Juiz de Fora e região há mais de 30 anos e destina 94% do atendimento aos pacientes do SUS. “Reforçamos, de todo modo, que nossa prioridade é a garantia dos atendimentos à população, assegurando que estes não serão interrompidos.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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