O grupo sete-lagoano Carroça Teatral levou o nome de nossa terra e brilhou no último domingo em Morro da Garça. Segundo o artista, produtor e incentivador cultural Paulinho do Boi, a Carroça Teatral entrou em cena pelas ruas da cidade, brincando e chamando as pessoas para a praça. Com cenário montado e ambiente criado para receber o público, o grupo interferiu na gostosa pacatez da cidade compondo com a alegria receptiva das pessoas, que abriam as janelas e saiam de suas casas para ver o que estava acontecendo na rua. “Foram outras estórias acontecendo e a história sendo transformada. Confessamos que somos privilegiados de viver esses momentos e quanto mais a gente vive mais a gente quer VIVER! Ao universo GRATIDÃO”, reconheceu o contador de histórias.
“A cidade de Morro da Garça nos acolheu com o sentido pacato e amoroso que nós, gente do interior, sabemos ter e temos de sobra. Fomos para as ruas de lá com nossa inquietude, amparados pelo olhar sertanejo desconfiado, surpreendidos, no sábado à noite, pelas expressões literárias do escritor Guimarães Rosa em uma narrativa dinâmica, gentilmente ritmada pela menina Gabriela (Miguilim) na Casa de Cultura de Morro da Garça, momento mágico de puro agradecimento ao nosso empenho em estar lá. Em contra partida contamos as histórias de Sete Lagoas através do nosso espetáculo Contos Populares (Boi da Manta Contadores de Histórias) criando um ambiente de intercâmbio cultural, sustentados pela sutileza da proposta de estarmos ali. Os palhaços sete-lagoanos Torrente (Erick Pinguim) e Cabeleira (Rafael Martins) do grupo Ovorini Carpintaria Cênica fizeram às vezes, como mestres de cerimônia, com a palhaçaria solta e alegre, transformando aquele momento pela graça e dando tom de felicidade daquela noite”, relatou Paulinho sobre a experiência.
No dia 26 de julho o grupo participou do Festival Nacional de Teatro de Passos, onde ralizaram duas apresentações, uma em São José da Barra e outra em Passos com o espetáculo “Auto do Boi da Manta – De Repente o Milagre da Ressurreição”.
“Compor com a história de um povo através do afeto e do carinho que nosso fazer teatral nos proporciona é altamente dignificante, gratificante”, finalizou o artista.
Postado originalmente por: Portal Sete