Um estudo inédito conduzido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz alerta sobre os riscos de aumento de mortes por doenças cardiovasculares e respiratórias devido ao estresse térmico, provocado por altas temperaturas.
O estresse térmico no corpo humano ocorre quando há um aumento de temperatura durante um tempo determinado, como durante ondas de calor. E de acordo com os pesquisadores da Fiocruz, para alguns grupos considerados mais vulneráveis como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, essa situação pode ser ainda mais prejudicial.
A avaliação desse risco foi elaborada a partir de dados do Datasus e de modelos climáticos.
O estudo buscou projetar o número de dias por ano associado a condições de estresse térmico, ou seja, quando o indicador WBGT, composto pelas variáveis temperatura, umidade do ar, velocidade do vento e radiação solar, supera 28°C.
O índice é usado para avaliar o risco de sobrecarga de temperatura em trabalhos em ambientes internos e externos. Os pesquisadores detectaram que, conforme aumenta o nível de aquecimento global, aumenta também o número de dias com o WBGT acima de 28 °C.
Os pesquisadores afirmam que as respostas dos serviços de saúde às ondas de calor, que tem em geral duração de três a cinco dias, precisam ser rápidas no sentido de identificar os sinais e sintomas causados pelo estresse térmico.
Os dados fazem parte de análises sobre saúde da 4ª Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A elaboração do documento é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
As informações são da Radioagência Nacional.
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