Após denúncias do Ministério Público, Justiça interdita asilo em Taquaraçu

A proprietária da Instituição foi indiciada por maus-tratos e tortura

Nessa quinta-feira (3), a Justiça de Minas Gerais interditou a Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Sol Nascente em Taquaraçu, na região Central de Minas Gerais. A Polícia Civil indiciou a proprietária do local por maus-tratos e tortura.  

Além disso, a Justiça determinou que a prefeitura da cidade, designe um funcionário para retirar todos os idosos do asilo no prazo de 120 dias. A decisão também foi determinada após pedidos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que desde 2014 faz denúncias sobre o local.  

De acordo com a juíza Maria de Lourdes Oliveira, da comarca de Caeté, responsável pela decisão, destacou que a situação é grave e as medidas menos drásticas anteriormente adotadas não surtiram o efeito esperado. Na decisão, a juíza estabeleceu uma multa diária de R$ 500 tanto para os responsáveis do asilo quanto para a prefeitura, caso descumprissem a medida. 

O secretário municipal de saúde, Rodrigo Gazeto, informou que a prefeitura já recebeu a decisão judicial e que está totalmente empenhado em resolver a situação, juntamente com a equipe de saúde e de desenvolvimento social. Gazeto ainda ressaltou que há 19 moradores no Sol Nascente atualmente e seis deles estão com coronavírus e isolados dos demais. 

Em 26 de agosto, quando houve o indiciamento, a proprietária do local, Maria Mantina, de 71 anos, negou todas as denúncias e relatou que já pretendia fechar o espaço, uma vez que não estava aguentando lidar com as acusações. 

O delegado Robert Stevem Vieira Taves, disse que as investigações começaram após denúncias do Ministério Público e que a dona do asilo não tem nenhuma formação na área médica e a instituição carece de funcionários da área e cuidadores de idosos especializados.  

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em 2018, quando foi descoberto que um coordenador do asilo tinha causado lesões em duas internas.

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