O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) participou, na última quinta-feira (12/07), do Encontro de Prefeitos com os Pré-Candidatos ao Governo de Minas Gerais, organizado pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel) e pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig). O encontro, realizado na capital mineira, reuniu dezenas de prefeitos que ouviram de Anastasia que o próximo chefe do Executivo mineiro precisa ser transparente, uma vez que o Estado vive uma grave situação financeira.
“Podemos apontar vários caminhos, entretanto, todos eles vão precisar de sacrifícios e novos comportamentos. O novo governo deve ser transparente. Não adianta iludir e mentir. Caso seja eleito, nós vamos convocar imediatamente uma grande assembleia com a participação de lideranças, prefeitos, fornecedores, poderes do Estado, imprensa e de maneira muito clara mostrar a situação atual”, afirmou Anastasia.
Anastasia reforçou ainda que o governo estadual tem que dar o exemplo e governar com simplicidade, austeridade, criatividade e credibilidade. “Já fizemos alguns levantamentos para verificar onde poderemos cortar gastos com a máquina pública e garanto que será o corte mais profundo que já houve na história do Estado. E com referência a desburocratização, nós temos muitos procedimentos administrativos que não dependem de lei e que podem ser transformados por decreto. Nós ouvimos aqui dos prefeitos uma queixa generalizada com o excesso de burocracia do Estado, e é verdade. Nós temos de reduzir isso e, na medida do possível, descentralizar em favor dos municípios”.
O senador reforçou ainda que as medidas não vão gerar custos aos cofres públicos e que será apenas o primeiro passo na busca pelo equilíbrio fiscal. “Essa reforma administrativa não custará um centavo e vai acabar com procedimentos desnecessários e burocráticos. E a redução das secretarias não resolverá por si só o problema fiscal do Estado. Mas, o exemplo da austeridade é fundamental”, disse Anastasia.
Prefeitos preveem dificuldades
O presidente da Granbel e prefeito de Nova Lima, Vitor Penido, destacou as dificuldades do próximo governador. “A situação hoje é das piores e quem se candidata está quase cometendo um suicídio. Há um déficit violento e o país está praticamente parado, o que gera uma série de consequências que atinge todos os municípios do Estado”, pontuou.
Em sua fala, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, também destacou que o próximo governador terá que tomar medidas duras para equilibrar as contas do Estado. “As posições serão amargas, duras e, muitas vezes, de antivoto. A população vai ter que entender que o momento que vem é muito duro”, disse Kalil.
