Os números da dívida do estado de Minas Gerais com os municípios já chega à impressionante cifra de R$6,8 bilhões, no que se refere a repasses constitucionais e convênios atrasados. Os municípios, principalmente os pequenos e que dependem quase exclusivamente dos repasses, estão a ponto de fechar as portas. Por isso, a Associação Mineira de Municípios (AMM) vem apoiando os gestores nessa cobrança pelo que é direito dos cidadãos, e diante da falta de resposta do governo estadual, lança a campanha “Governo de Minas, pague os municípios mineiros!”.
A campanha foi resultado de deliberação entre os prefeitos mineiros durante o 35º Congresso Mineiro de Municípios, promovido pela AMM nos dias 19 e 20 de junho. O objetivo é mostrar para a sociedade a situação real que os municípios vêm passando com a falta de repasses do Governo de Minas, conscientizando a sociedade sobre a crise econômica nos municípios com a falta dos repasses em áreas fundamentais para a gestão.
“Essa falta de recursos no caixa municipal, que está nos impedindo de prestar um serviço de qualidade para os cidadãos, não é culpa do prefeito e sim do descomprometimento do governo do estado, que tem retido recursos constitucionais do município no caixa deles. Além dessa disfunção federativa que oprime os municípios”, observa o presidente da AMM, 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda.
O primeiro passo é a disponibilização de materiais para a divulgação do problema, como vídeos, áudios e peças gráficas com os números desoladores que as prefeituras estão tendo que lidar. O material pode ser reproduzido em rádios e TVs locais, além de outdoors e redes sociais. Todas as peças foram enviadas para os e-mails das prefeituras, mas o objetivo é que gestores e servidores municipais também divulguem o grave problema, o confisco de dinheiro que é do povo.
Após a campanha, a equipe da AMM e a diretoria estão planejando uma grande mobilização dos prefeitos mineiros, cobrando mais respeito e responsabilidade com os cidadãos por parte do governo de Minas Gerais. “Faremos uma conscientização para a população, e depois, se o governo continuar sem nos pagar o que deve, principalmente as parcelas atrasadas dos repasses constitucionais, marcaremos uma paralisação geral. É nos municípios que moramos e o governo precisa entender isso”, avisa o presidente da AMM.
Contamos com a ajuda de todos para que a campanha chegue a todas as regiões de Minas Gerais.