‘AMIRT Entrevista’ recebe diretor da rádio Onda Oeste, Edgar Rodrigues

Edgar Rodrigues é jornalista, formado na Pontícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Atualmente, ele é diretor de Programação e Produção da rádio Onda Oeste – 100,3 FM, de Piumhi, na região Centro-Oeste do Estado, além de diretor Artístico da Associação Mineira de Rádio e Televisão de Minas Gerais (Amirt).

Edgar também já atuou nos jornais impressos Jornal Capitólio Notícias e Folha da Manhã, de Passos, na Associação Comercial e Prefeitura de Capitólio e nas rádios Criativa FM, de Capitólio, 104 FM, de Piumhi, e hoje na Onda Oeste FM de Piumhi.

Confira a entrevista:

Qual foi seu primeiro contato com o rádio? Já teve algum com TV?

Em 1998. Foi numa rádio comunitária, Criativa FM, da minha cidade, Capitólio. Sempre estive ligado à área da comunicação. Gostava de narrar versos de rodeio. Na adolescência, cheguei a fazer algumas apresentações em arenas. Mas o rádio era algo que me fascinava. Gostava de ouvir a rádio Globo e a rádio Capital, de São Paulo, e a Tupi, do Rio de Janeiro. Até que em março de 98 tive a oportunidade de consolidar o sonho de trabalhar no rádio. Era um programa noturno, o Noite Legal, e tenho boas lembranças. Na TV, apenas participei de trabalhos realizados na faculdade. Hoje, a Onda Oeste é multiplataforma e oferece conteúdo na web. Temos formatos híbridos rádio/webtv e apresento o Jornal da Onda tanto no rádio quanto em vídeo nas redes socais.

Qual você considera ser o maior desafio do radiodifusor nos tempos atuais?

Acompanhar a evolução tecnológica, pois o espaço apenas para o rádio convencional está ficando restrito. É preciso se reinventar sempre e oferecer a programação em todas as plataformas que puder, visando atingir todos os públicos, cada qual com seus hábitos de consumo de música, entretenimento e informação. Exemplo: O Jornal da Onda está no rádio, no Facebook, no YouTube, no Instagram e no Spotify. Ele pode ser visto e revisto a qualquer momento no computador ou no celular. O importante é oferecer facilidade de acesso para o ouvinte/telespectador, gerando engajamento e retorno para os anunciantes.

Como você fez para continuar a levar notícias para os ouvintes em meio a pandemia?

A pandemia confirmou o que já sabíamos, ou seja, que o rádio é um veículo de credibilidade e confiança. Nesse período turbulento, a procura pelos nossos noticiários cresceu vertiginosamente. Nas redes sociais, qualquer pessoa posta, compartilha e escreve o que quer. Mas muitas não fazem o que nós jornalistas fazemos: checar a veracidade da informação. Investimos em produções próprias, entrevistando especialistas da cidade e da região e ouvindo os anseios dos mais diversos segmentos da sociedade. Tudo isso culminou em credibilidade e confiança e, consequentemente, em audiência. Sempre ouvimos: “se o Jornal da Onda noticiou, então posso confiar”. A nossa equipe de jornalismo está alinhada à necessidade de checar e checar novamente a informação e, claro, havendo um equívoco, corrigir.

Neste período, a emissora realizou alguma ação, como por exemplo, campanhas de conscientização?

Foram várias ações. Desde o apoio aos pequenos comerciantes, com alguns anúncios, às campanhas massivas das medidas sanitárias de prevenção contra o vírus. A AMIRT teve e tem papel importantíssimo nesta pandemia, com a distribuição de conteúdo alusivo à prevenção. Prestamos um serviço social de relevância em Piumhi e região. O conteúdo dos decretos, o que era permito ou não, passava pelo nosso jornalismo. Agora, damos ênfase na vacinação. Orientamos sobre a importância da imunização, a valorização da ciência e a esperança de dias melhores.

O rádio tem evoluído nos últimos anos para o universo de multiplataformas e a sua emissora aderiu às mudanças. Em sua opinião qual é a importância de se abrir a esses novos espaços?

A Onda Oeste FM está nesta vertente desde 2017 e são vários os projetos multiplataformas realizados. Hoje, esse modelo híbrido faz parte do DNA da emissora e não há como se divorciar dele. Todas as faixas etárias estão com um aparelho de celular em mão e o conteúdo que produzimos e a marca do nosso anunciante têm que alcançá-las. O sistema mobile tem que ser encarado pelos gestores de rádio, pois é algo sem volta. A prova disso é a campanha que a AMIRT e outras associações fizeram para que os aparelhos de celular sejam fabricados com o chip FM, uma medida extremamente necessária e importante para nosso meio. O importante é evoluir sem perder a essência.

Algo que gostaria de acrescentar?

Eu quero dizer que sou um entusiasta da AMIRT e acredito no associativismo como forma de crescimento e fortalecimento das classes. A AMIRT é a nossa porta-voz e devemos fortalecê-la sempre. São várias conquistas ao longo desses mais de 50 anos e aquilo que não deu certo, que não conseguiu concretizar, foi por questões alheias à vontade da entidade e de seus representantes. Por isso, ratifico meu apreço pela classe e convido a todos para unirmos cada vez mais em prol da nossa AMIRT.

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Foto: Arquivo pessoal / Divulgação.

 

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