O América não conseguiu levar para o campo a superioridade em relação ao Criciúma, recentemente rebaixado no Catarinense e que está na Série C do Brasileiro. Os times empatam sem gols, no Independência, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, e vão decidir a vaga na próxima quarta-feira, no Heriberto Hülse. Lisca admitiu uma noite ruim dele e dos jogadores.
O treinador considera que o pênalti perdido por Rodolfo, logo no primeiro minuto de partida, influenciou na postura do time para o restante do compromisso, principalmente por reviver o que ocorreu na final do Mineiro, quando o camisa 9 também errou uma cobrança e viu o Atlético ser campeão.
“Começamos bem a partida, tivemos um pênalti com 40 segundos, erramos, e isso pesou um pouco para a equipe. Voltou o filme um pouco sobre a final do Mineiro, onde nós também erramos pênalti. A equipe ficou um pouco presa”
Sobre o aspecto tático, Lisca considera que houve dificuldade do América no primeiro tempo, diante da postura defensiva do time treinado por Paulo Baier. No segundo, aumentou o volume, teve variedade na criação, mas faltou eficácia.
“No primeiro tempo não conseguimos chegar muito. O time deles baixou bem o bloco, defendeu bem, se sacrificou, se superou na parte defensiva. No segundo tempo voltamos, reposicionamos o time, criamos, chegamos bem por um lado, pelo outro, chutamos, tivemos escanteios, mas não conseguimos ser eficazes e transformar as chances em gols”.
O América chegou ao quarto jogo consecutivo sem marcar gols e, consequentemente, sem vencer. Foram três empates e a derrota para o Athletico-PR na estreia da Série A. A situação incomoda Lisca, e o treinador assume a culpa por esse jejum recente.
“É o quarto jogo que não fazemos gols. É duro para nós, porque estamos tentando, trabalhando, mas hoje realmente foi um dia ruim para mim, para o clube, para os jogadores… a gente não conseguiu vencer e, quando você fica muito tempo sem fazer gols e os jogadores não rendem bem, o treinador tem a responsabilidade para assumir”
E quando Lisca fala sobre o dia ruim dele, é especificamente sobre o fato de ele se sentido mal logo no início da partida. Durante todo o jogo, ele teve uma postura diferente da habitual, presente mais no banco de reservas do que na beirada do campo.
“E foi um dia difícil para mim, porque logo com dez minutos eu senti uma tontura muito grande no banco, não consegui trabalhar bem hoje, e até pedi para o Cauan, meu auxiliar, para tomar mais a frente. No intervalo eu também estava bem tonto, assim como estou até agora. Estou aqui pelo dever profissional, para responder ao torcedor do América”.
O América, agora, vira a chave para o Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, recebe o Corinthians, no Independência, pela segunda rodada da competição. Nessa quarta-feira, o time paulista perdeu em casa, por 2 a 0, para o Atlético-GO, pela Copa do Brasil.
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Postado originalmente por: Minas AM/FM