Algumas linhas de ônibus voltam a circular em Juiz de Fora

Tribuna flagrou em circulação ônibus que atendem aos bairros Palmital e Realeza (Foto: Leonardo Costa)

Informações preliminares dão conta de que algumas linhas de ônibus voltaram a circular em Juiz de Fora na manhã desta quinta-feira (23). A assessoria de imprensa da Astransp informou que veículos das empresas Tusmil e São Francisco estão retornando, enquanto toda a frota da Gil permanece recolhida. A Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda. (Ansal) também confirmou o retorno dos serviços.

Na garagem da Gil, trabalhadores se reúnem neste momento na porta em busca de uma resposta da direção sobre os pedidos para pagamentos atrasados de tíquete alimentação e cesta básica. Não há, no entanto, confirmação oficial da Astransp ou da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) sobre quais linhas serão retomadas inicialmente ou quais regiões seriam prioritárias em um momento inicial. A associação que representa as empresas do transporte público confirmou que a administração municipal pode, inclusive, alterar as rotas em caráter excepcional para cobrir mais regiões.

 

Colaboradores da GIL estão reunidos na porta da garagem da empresa. Rodoviários exigem pagamento de cesta básica e tíquete alimentação para retornar os serviços (Foto: Leonardo Costa)

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Vans nas ruas

Van escolar é flagrada cobrando R$ 4 pela passagem

Apesar da retomada parcial dos ônibus, a Settra confirmou que as vans permanecem autorizadas a circularem durante toda a quinta-feira, como disposto no decreto que regularizou a atividade em caráter emergencial.Porém, o serviço teve início já com reclamações por parte dos usuários.

Um dia após a PJF publicar um decreto permitindo que vans escolares fizessem o serviço de transporte coletivo de passageiros, alguns carros começaram a ser observados nas ruas. Na manhã desta quinta-feira, um deles foi visto na Avenida Brasil, em direção ao Centro, mas cobrando o valor de R$ 4 para cada usuário do serviço. Entretanto, de acordo com o decreto, a tarifa deveria seguir a regra do ônibus, ou seja, R$ 3,75. A Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) pediu atenção para a possibilidade de haver transporte clandestino. Apesar do flagrante, são poucas as vans em circulação pela área central.

Na noite de quarta-feira (22), em cumprimento à decisão judicial, os ônibus que estavam parados no Centro desde as 7h de terça-feira (21) começaram a ser retirados. Na manhã desta quinta, eram poucos os carros observados nas ruas. Em circulação por toda a Avenida Rio Branco, a reportagem contou dois em circulação, mas com letreiro informando como itinerário a “garagem”. Segundo a Settra,  não há linhas de ônibus em operação nesta manhã.

Na Av. Francisco Bernardino, altura da Praça da Estação, reportagem não encontrou movimento de vans escolares (Foto: Leonardo Costa)

A pasta municipal também informou que as vans que, emergencialmente, atendem as demandas da população foram vistoriadas e registradas junto à Settra. Todos os veículos autorizados estão circulando com credencial exposta no para-brisa com o valor de R$ 3,75. Segundo a secretaria, há agentes de trânsito pelas ruas responsáveis pela fiscalização, de modo a coibir a circulação de vans clandestinas em meio às regularizadas pela Prefeitura. A cobrança de quantia diferente a R$ 3,75 é vedada pela administração pública.

Ao mesmo tempo, o trânsito de veículos é intenso nos principais corredores de tráfego da área central, principalmente nas avenidas Rio Branco, Andradas, Olegário Maciel, Francisco Bernardino e Brasil.

Negociações não avançam

A Associação Profissional das Empresas de Transportes de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp), grupo que representa as empresas Gil, Tusmil e São Francisco, informou não haver nenhuma negociação em curso com os trabalhadores, além de ainda não ter reunião marcada com os representantes da categoria ao longo do dia. A associação confirmou que todos os veículos das três empresas foram recolhidos durante a madrugada.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Juiz de Fora (Sinttro/JF), por outro lado, também por meio de assessoria, reafirmou que “está tentando junto à empresa Gil o pagamento do ticket alimentação atrasado”. Segundo a entidade, os trabalhadores agora estão concentrados em frente à garagem da Gil, aguardando o acerto entre os empregadores e a categoria.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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