Os promotores investigam se a associação desviou R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas. O padre Robson de Oliveira, que comandava o órgão religioso, pediu afastamento das funções e disse que vai colaborar com o MP para provar que não houve crime.
Sustentado por doação de fiéis, projeto da instituição criada por religioso prevê torre de 110 metros de altura e maior sino do mundo, importado da Polônia. A pedra fundamental do mega complexo religioso foi lançada em junho de 2011, em terreno no município de Trindade., mas a obra segue inacabada. Neste período, a construção do templo de padre Robson impulsionou as doações à Afipe.
O complexo religioso em construção prevê uma nova basílica, com capacidade para 13 mil pessoas e uma cúpula com 90 metros de altura. A atual comporta 2,5 mil fiéis. Sustentado por doação de fiéis, projeto da instituição criada por religioso prevê uma torre com 110 metros de altura e 73 sinos, inclusive o maior do mundo, chamado de Vox Patris. Trata-se de uma peça feita de bronze, fabricada na Polônia, que pesa 55 toneladas e mede 4 metros de altura e 4,5 metros de diâmetro. O novo Santuário será equipado também com um teatro, um museu, um centro comercial e um estacionamento para 30 mil carros e 4 mil ônibus. Todos os anos, cerca de 4 milhões de pessoas vão à Trindade para conhecer a paróquia liderada por Padre Robson.
A SUSPEITA DO MP
Entre os bens que foram comprados pela Afipe, apontados pelos MP, estão uma fazenda no valor de R$ 6 milhões, em Abadiânia, e uma casa de praia na Bahia, no valor de R$ 2 milhões. “Para que nós possamos chegar a essa evangelização do maior e do melhor modo possível, nós precisávamos de investimentos. Esses investimentos nunca foram exclusivamente em conta corrente. Muitos deles são em atividades, negócios que existem e todo seu rendimento é aplicado nas atividades fins da Afipe”, disse Klaus Marques, um dos advogados do padre Robson e da Afipe.
Ainda de acordo com as investigações, em uma das movimentações, a Afipe deu como forma de pagamento à KD, um imóvel pelo valor de R$ 1,35 milhão. No entanto, o mesmo imóvel foi avaliado em R$ 2 milhões para fins fiscais e, menos de dois meses depois, hipotecado pelo valor de R$ 7,35 milhões. Em outra negociação, a entidade religiosa comprou uma fazenda no valor de R$ 6,8 milhões em março de 2016 e, três anos depois, vendeu pelo mesmo valor para a empresa Terra Nobre. Entre as outras empresas que são investigadas por manter movimentação suspeita com a Afipe estão o Auto Posto Kurujão, Kurujão Administradora de Bens e a Sul Brasil Rádio e Televisão.
fontes exame , globo
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