Um garoto, de 13 anos, morreu após receber um choque elétrico ao colocar um telefone celular para carregar em Montes Claros, no Norte de Minas. O fato aconteceu na noite de sexta-feira, no Bairro Santa Rita 2, próximo ao Décimo Batalhão da Polícia Militar (BPM).
A vítima chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de de Urgência e Emergência (Samu), que tentou reanimá-la. Mas, não resistiu e morreu no local. De acordo com moradores, o menino teria colocado o celular com o recarregador ligado à tomada, ao
mesmo tempo com o fone no ouvido. Nesse momento teria sofrido o choque elétrico. Essa informação não consta no boletim de ocorrência da Polícia Militar.
De acordo com o registro da PM, ao ligar o carregador do celular a tomada, o menino recebeu a descarga elétrica e teve uma parada cardíaca. O Samu foi chamado. Quando a ambulância chegou ao local, o pai da criança saiu à porta da casa com o filho nos braços.
Os socorristas tentaram reanimar o menino, que não resistiu. A perícia esteve no local e recolheu o aparelho celular e o carregador.
Mortes no Brasil
Em outubro deste ano, o Estado de Minas mostrou que ao menos 23 mortes foram registradas no Brasil em acidentes com celulares. Os números são da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade (Abracopel). Em Minas Gerais, até então, havia o registro de dois incêndios, mas sem mortes.
Veja o que evitar na hora de carregar o celular
– Usar o aparelho ligado à tomada: principalmente em caso de tempestades com descarga elétrica, o usuário pode levar um choque, assim como quando sai do banheiro ou da piscina descalço e/ou com o corpo molhado. O mesmo vale para o carregador portátil (power bank). O uso do celular conectado à tomada pode gerar um superaquecimento e até explodir a bateria. Se precisar usar, desconecte o aparelho. Também evite as extensões
– Carregar o celular em lugares com água ou objetos inflamáveis: não se pode deixar o celular carregando sobre superfícies em contato com a água, como banheiros e cozinhas, e propícios a incêndios, como as camas, banco do carro, perto de cortinas, objetos de madeira ou outros que propaguem fogo. Escolha superfícies lisas e em locais arejados
– Usar acessórios piratas: os produtos não costumam ter itens fundamentais para a segurança de quem usa e não têm controle de qualidade. Falhas internas podem gerar curto circuito e o barato acaba saindo caro
– Carregar o celular com a capinha: a capa dos aparelhos acaba fazendo o papel de um cobertor, impedindo a troca de temperatura do aparelho com o ambiente, resultando em superaquecimento, que pode causar incêndio ou explosão
– Usar celular muito aquecido: alguns aparelhos costumam esquentar durante o uso, mesmo sem estar conectados a um carregador. Nesse caso, a pessoa pode usar um app que suspende ações em segundo plano. Se não resolver, desligue o aparelho, tire a capinha ou até retire a bateria se possível. Quando a temperatura normalizar, volte a usar
– Tomadas com defeito: o contato pode danificar o aparelho ou causar choque elétrico
Fonte: Cemig e Abracopel
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