Acusados de homicídio em Coronel Fabriciano vão a julgamento

Arquivo DA

Julgamento, que não tem hora para acabar, foi iniciado no Fórum de Coronel Fabriciano

Acusados de homicídio qualificado e associação para o crime, Vitor Rafael Santos, o Pabinha, de 23 anos, Jhon Hermes Silva Figueiredo, de 20 anos, Roberto Carlos dos Santos, o Da Lua, de 32 anos, e Pedro Henrique Perdigão Ribeiro, de 20, sentam-se no banco dos réus, no Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano nesta quarta-feira.

O grupo responde pela acusação da morte de Walber Souza Sales, 19 anos, assassinado com quatro tiros por volta da meia noite de primeiro de abril de 2016, na avenida Vasco da Gama, no bairro Mangueiras, conforme divulgado pelo Diário do Aço.

A sessão do Júri é presidida pela juíza Natália Discacciati Rezende e a promotora Vanessa Andrade Ferreira faz a acusação como representante do Ministério Público. A defesa dos réus é feita pelos advogados José Constantino Filho, Rodrigo Alves de Melo e Thiago Xavier de Souza

Menores de idade

Além dos adultos que vão a julgamento hoje, outros três menores de idade, à época, participaram do crime, participaram do planejamento e execução do assassinato de Walber e são igualmente investigados por envolvimento com outras mortes.

Motivação e autoria

A apuração da morte de Walber aponta que a vítima foi atraída ao local do crime, um bar, por dois dos envolvidos. Avisados, os autores Jhon Hermes e Rafael Henrique foram em uma motocicleta. Jhon Hermes desceu da moto e efetuou vários tiros contra a vítima, que morreu sentada em uma cadeira do comércio.

Walber foi atingido por tiros no olho esquerdo, testa e atrás da orelha direita. Na cena do crime foram recolhidas sete cápsulas deflagradas de pistola calibre 380, relata o texto do DA em 2016.

Os suspeitos de envolvimento com o crime foram presos dias depois e a motocicleta usada no crime apreendida, resultando na investigação com a seguinte conclusão, conforme consta no processo:

“Os denunciados integram uma organização criminosa no bairro Mangueiras, responsável pelo trafico de drogas no bairro e no distrito de Santo Antônio do Manhuaçu, em Caratinga”. Acrescenta o Ministério Público que pesa contra os denunciados a acusação de outras mortes no bairro Mangueiras.

Conforme a apuração ficou evidenciado que a organização criminosa possuía uma “lista de marcados para morrer” e que Walber integrava essa lista. A motivação de todos os crimes era o tráfico de drogas e suas consequências, como dívidas, disputas por áreas, homicídios e queima de arquivo.

Roberto Carlos dos Santos, o Da Lua, foi apontado como o líder da organização e, mesmo de dentro de um presídio dava as ordens para os crimes. Jhon Hermes é apontado, no processo, como o seu braço direito operacional nas ruas.


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