Ações preventivas contra rompimento de barragens evacuam moradores de cidades mineiras

Na madrugada desta sexta-feira (08), moradores do povoado de Pinheiros, em Itatiaiuçu, na região Metropolitana de Belo Horizonte, tiveram de ser retirados de suas residências após recomendação da ArcelorMittal. O motivo é a barragem da Mina de Serra Azul, da qual a empresa é responsável. Como medida de precaução, a ArcelorMittal encaminhou pelo menos 200 pessoas para um hotel, em Itaúna, no Centro-oeste do estado. O povoado de Pinheiros fica a 5 quilômetros da barragem.

Em nota, a ArcelorMittal disse que, “após rigorosa avaliação”, tomou a decisão de evacuar a população por precaução.  Segundo a empresa, “a ação decorre de uma inspeção e auditoria minuciosas da barragem de rejeitos, que foram realizadas após os recentes incidentes acontecidos no setor de mineração, no Brasil”.

A empresa ainda ressaltou que “a ação segue a atualização de uma avaliação feita no local, contratada pela ArcelorMittal Mineração e realizada por auditoria independente. A avaliação incluiu testes de stress feitos na barragem de Serra Azul, a partir de dados e aprendizado decorrentes dos eventos da barragem do Feijão, em Brumadinho”.

Ainda no texto, a empresa esclareceu que a mina de Serra Azul é do tipo “à montante” e está desativada desde Outubro de 2012. Além disso, é a única do tipo “à montante” dentre as barragens da empresa.

Conforme relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Barragem I da Mina de Serra Azul é classificada como classe B, que tem categoria de risco baixo, mas com dano potencial associado alto.

Outra mina da Vale

Barragem da Mina de Gongo Seco, da Vale - Imagem Google Maps
Barragem da Mina de Gongo Seco, da Vale – Imagem Google Maps

Ainda, na madrugada desta sexta-feira, pelo menos 500 moradores de Barão de Cocais, na região Central de Minas, também foram retirados de suas casas e encaminhados ao ginásio poliesportivo do município. O motivo é o acionamento da sirene da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale. Os moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, saíram de casa por volta de 1h da madrugada de hoje. Até domingo, a Vale disse que consultores internacionais vão fazer uma vistoria no local. A empresa também informou que colocou aparelhos para detectar movimentos milimétricos para a realização do laudo de estabilidade. A empresa explicou que a ação foi uma medida preventiva.

Vale lembrar que no dia 25 de janeiro, a barragem da Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu. Até o momento, 157 mortes foram confirmadas.

 

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