Um levantamento realizado pelo Abracopel – Anuário Estatístico da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade afirmou que pelo menos 40 pessoas morreram em acidentes relacionados à energia elétrica no ano passado em Minas Gerais.
O crescimento dos casos está ligado ao aumento de choques elétricos, incêndios por curto-circuito e até de descargas atmosféricas, ou seja, raios. No ano passado, foram 104 ocorrências registradas em comparação a 33 casos em 2017, um aumento de 215%.
O choque elétrico é uma das principais causas das mortes, sendo 836 casos registrados, em seguida os incêndios por sobrecarga, com 537 ocorrências, já os raios vêm logo abaixo com 51 episódios.
O engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Demétrio Aguiar, destacou que a falta de projetos elétricos na maior parte das construções pode ajudar a entender o fenômeno.
Outro problema apontado por Aguiar é o acúmulo de aparelhos ligados em uma mesma tomada. O risco ainda aumenta quando os carregadores são de baixa qualidade, de acordo com a coordenadora do curso de Engenharia Elétrica das Faculdades Kennedy, Valéria Rocha de Oliveira.
A engenheira ainda orienta procurar profissionais da área para realizar obras ou reformas que envolvam mudanças na fiação da casa.
(com supervisão de Patrícia Marques)