Foi realizado, na manhã de segunda-feira, 7, ato em prol da cota mínima do Lago de Furnas, o nível 762. Ação se deu próximo à barragem de Furnas, em São José da Barra, MG. Assim sendo, contou com a presença de representantes de 25 municípios, os deputados estaduais Cássio Soares e Professor Cleiton, além do federal Emidinho Madeira.
A mobilização foi organizada pela Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago). A pauta é uma reivindicação dos municípios do entorno do Lago de Furnas, que demandam a manutenção de um limite mínimo de 762 metros no volume do reservatório, o que corresponde a cerca de metade da capacidade total de Furnas, maior reservatório da região Sudeste.
O movimento contou com dezenas de vereadores e 18 prefeitos da área abrangida pelo Lago de Furnas: Hideraldo Henrique Silva (Boa Esperança e presidente da Alago), Serginho de Oliveira (São José da Barra), Edson Ferreira (Cabo Verde), Nelson Lara (Guapé), Robson Machado (Campo do Meio), José Eugênio (Campos Gerais), José Eduardo (Capitólio), Tião Nara (Carmo do Rio Claro), Rossano de Oliveira (Coqueiral), Djalma Francisco Carvalho (Cristais), Elias Tassoti (Divisa Nova), Cantareli (Fama), Julbert Ferre (Machado), José Tibúrcio (Paraguaçu), Luiza Maria Lima Menezes (Nepomuceno), Ailton Costa Faria (Pimenta), Dr. Luiz Roberto (Três Pontas) e o vice-prefeito de Ilicínea, André Dutra Vilela.
Em seu pronunciamento, o deputado Cássio Soares solicitou respeito do Governo Federal, do Operador Nacional de Sistema (ONS) e de Furnas Centrais Elétricas com a população que reside nos municípios banhados pelo Lago de Furnas. Além disso, ele ainda, pediu atenção para o Lago de Peixoto (Mascarenhas de Moraes), que também sofre com o baixo nível de água.
“Infelizmente, as instituições e órgãos federais não estão sensíveis à nossa causa regional, à nossa causa do turismo, que vem gerando emprego, renda, justiça social. Por isso, nós estamos aqui, todos unidos, muitos prefeitos, vereadores, comunidades, população, empresários do setor hoteleiro, restaurantes e profissionais autônomos, para cobrar o respeito que a nossa região tanto precisa e tanto merece”, afirmou o parlamentar.
Ao todo, são 34 municípios banhados pelo Lago de Furnas, sendo que boa parte da população utiliza a represa como fonte de renda, pois, por meio dela, há geração de empregos, piscicultura e a potencialização do turismo. “Recentemente, o Brasil e o mundo estão descobrindo o nosso potencial turístico, e a única coisa que precisamos é que as nossas belezas naturais, do Lago de Furnas, da Serra da Canastra, do Lago de Peixoto sejam preservadas”, explicou Cássio Soares.
Segundo o deputado, foi em 2011 o último ano em que o Lago de Furnas atingiu sua cota máxima. Desde então, o histórico do nível do Lago tem permanecido abaixo do nível de 762 reivindicado no movimento e que prejudica os moradores das regiões em torno do Lago.
Desequilíbrio
Os constantes esvaziamentos do reservatório, sem considerar a biologia do lago, vêm gerando uma série de desequilíbrios ambientais e prejuízo principalmente para os proprietários de bares, restaurantes e pousadas na beira do lago.
Para o prefeito Tião Nara, de Carmo do Rio Claro, a região já sofreu com o alagamento das propriedades quando da instalação da hidrelétrica e agora sofre novamente com a baixa do lago. “Carmo do Rio Claro é o maior município com área alagada pela represa de Furnas e vamos aonde for preciso para lutar por nossos direitos; não podemos aceitar que o turismo e a economia continuem sendo prejudicados”, ressaltou o prefeito.
Alunos da Vilelândia e Santa Luzia também estiveram presentes fazendo coro à manifestação.
De Capitólio, foram 30 pessoas à mobilização, dentre elas, o prefeito José Eduardo Vallory, os secretários de Educação e Esporte, Saúde, Assistência Social, Gabinete, Turismo, Cultura, Controladoria e funcionários e algumas pessoas da sociedade.
Via Folha da Manhã
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro