Lara Rossini se encantou pela robótica e com o auxílio de professores, e de materiais disponibilizados para as aulas, desenvolveu projetos como trena eletrônica e braço robótico
Educação que instiga a curiosidade e abre portas para novas possibilidades. Assim são as aulas de robótica na rede estadual de ensino mineira, conteúdo que pode ser ministrado conjuntamente com outros componentes curriculares do Novo Ensino Médio. Aluna do 2º ano do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) na Escola Estadual Professora Maria do Carmo Almeida, no distrito de Amarantina, em Ouro Preto, Lara Rossini é uma apaixonada por robótica, que encontrou nos componentes formativos de Tutoria, Tecnologia da Inovação e Práticas Comunicativas e Criativas, pertencentes ao currículo do Novo Ensino Médio (NEM), a possibilidade de desenvolver projetos práticos.
“Desde muito nova eu já tinha interesse por essa área, sempre procurava saber alguma coisa. Com o passar do tempo, fui me aperfeiçoando e buscando novos conhecimentos. Com o apoio da escola e com os kits robótica, eu consegui adquirir ainda mais conhecimento e desenvolver esses projetos”, destaca a estudante.
A Secretaria de Estado de Educação investiu R$ 27 milhões, desde 2021, para que escolas estaduais que oferecem o ensino médio possam adquirir materiais do chamado “kit robótica”. Os recursos são destinados à aquisição de materiais e equipamentos para subsidiar as aulas práticas que envolvem a transversalidade com temáticas de inovação, robótica, tecnologia e mecânica. Por meio de um Termo de Doação com o Grupo Mais Unidos, foram elaborados materiais de apoio com a finalidade de auxiliar os conteúdos ministrados em sala.
Com o kit robótica e kit Arduino, plataforma que possibilita o desenvolvimento de projetos tecnológicos, eletrônicos e de programação, disponibilizados pela escola, a estudante desenvolveu uma estação metereológica, que mede a temperatura e a umidade do ambiente; uma trena eletrônica com sensor ultrassônico, que dispensa a necessidade de fios para a medição; um braço robótico, com capacidade de ser automatizado e desempenhar funções específicas; e um carrinho com chassi de duas rodas, que pode ser controlado remotamente.
“A escola me apoiou e me motivou desde o início no desenvolvimento dessas criações, principalmente com os materiais e equipamentos que eles disponibilizaram. Eu acho que, sem esse apoio, o desenvolvimento desses projetos seria muito mais difícil”, destaca a estudante. Lara já tinha um conhecimento prévio sobre robótica, software e programação e os kits tecnológicos disponibilizados pela escola despertaram na estudante o interesse de desenvolver os projetos.
“A gente só tinha que lapidar e auxiliar no que fosse necessário. Ela sempre foi uma aluna dedicada, curiosa e criativa, com ideias inovadoras. Sempre que a gente ia desenvolver algum trabalho ou projeto em grupo, ela vinha com ideias diferenciadas. Esses projetos concretizam as habilidades que ela tem”, afirma Cláudio Lopes, professor de Estudos Orientados e Tutoria. “A educação ainda é um fator de total mudança dos nossos adolescentes e é neles que nós temos que investir”, reforça Cláudia Gontijo, professora dos componentes de Tecnologia da Inovação e Práticas Comunicativas e Criativas.
Expandir conhecimentos e ampliar possibilidades
O componente curricular de Tutoria é trabalhado em conjunto com o de Projeto de Vida, em que os professores auxiliam os estudantes a perceberem suas potencialidades, impulsionarem seus sonhos e a desenvolverem habilidades. A disciplina permite aos alunos desenvolverem projetos pessoais e intelectuais, com o auxílio e direcionamento dos professores tutores. Uma oportunidade de expandir conhecimentos e ampliar possibilidades.
Lara ressalta que as aulas de Projeto de Vida da escola a ajudaram a pensar mais no futuro e a traçar um planejamento de propósitos, sonhos e perspectivas. Ela afirma que, após se formar no ensino médio, planeja cursar Engenharia de Software ou Ciência da Computação. Mas, enquanto ainda cursa o EMTI, Lara tem planos de montar uma oficina itinerante de robótica com Arduino. O objetivo é incentivar outros alunos a ingressarem na área da robótica e dar apoio para que eles também se destaquem.
Segundo a estudante, com o conhecimento da plataforma Arduino, os demais alunos podem se aperfeiçoar na robótica e desenvolver projetos, com o apoio do professor. “A plataforma é um ambiente totalmente programável, que recebe e executa comandos. Assim, posso desenvolver qualquer projeto”, pontua a estudante.
As informações são da Agência Minas.
Foto: SEE-MG / Divulgação