Minas registra o maior saldo de empregos dos últimos 19 meses

Desempenho registrado no Estado em março foi o maior desde agosto de 2021, segundo o Ministério do Trabalho

Pelo segundo mês seguido, Minas Gerais apresentou saldo positivo na geração de empregos formais. Em março, foram 38.730 postos de trabalho abertos no Estado, resultado de 255.626 contratações e 216.896 desligamentos no período. Foi o maior superávit desde agosto de 2021, quando houve a abertura de 43.410 vagas com carteira assinada.

A melhor performance do mercado de trabalho mineiro dos últimos 19 meses foi puxada, principalmente, pelo setor de serviços. No terceiro mês do ano, a atividade gerou 14.339 empregos formais. Agropecuária, com 9.018 vagas; construção, com 7.207 vagas; indústria, com 4.420 vagas; e comércio com 3.746 vagas também tiveram mais contratações do que desligamentos.

Os dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O professor de Economia e Finanças, Cleyton Izidoro, ressalta que o setor de serviços, normalmente, é o que mais gera empregos. E que o saldo do grupo em março é um indicativo de aquecimento da economia, visto que, a partir do momento que as pessoas têm um aumento de renda e uma estabilidade, elas costumam demandar por novos serviços.

Izidoro ainda chama a atenção para o crescimento da construção civil que, segundo ele, acaba puxando o desempenho de outros setores, sobretudo relacionados ao comércio. Conforme o especialista, quando se tem serviços e construção civil com uma crescente na geração de empregos, é um bom indicativo de aquecimento da atividade econômica.

Tendência

Vale lembrar que o Estado fechou dezembro do ano passado e iniciou janeiro deste ano com déficits na geração de empregos, retomando o saldo positivo em fevereiro e, agora, batendo recorde em março. Dessa forma, Izidoro afirma que, embora não se possa cravar se realmente será mantido o movimento positivo do mercado de trabalho mineiro, a tendência é de alta.

“O desaquecimento do final do ano ainda foi reflexo das questões de mudanças políticas e o que temos agora para 2023 já é uma estabilidade desse cenário político. Também já estamos sem a questão da pandemia, então, a tendência é que melhore nos próximos meses”, avalia.

Municípios

O Caged também mostra os dados da geração de empregos por municípios. Das 853 cidades do Estado, 501 registraram saldo positivo, 36 ficaram estáveis e 316 tiveram saldo negativo.

A capital Belo Horizonte, com a abertura de 5.251 postos de trabalho formais, foi a cidade que mais criou vagas em março. Paracatu (3.264 vagas), Patos de Minas (1.592 vagas), Contagem (1.451 vagas) e Juiz de Fora (1.283 vagas) fecham o ranking dos cinco melhores da lista.

Do lado oposto, Betim, com o fechamento de 935 postos de trabalho, apresentou o pior desempenho do mês. Ibirité (-153 vagas),  Brumadinho (-142 vagas), Paraisópolis (-126 vagas) e Lagoa da Prata (-111 vagas) completam o ranking dos cinco piores.

Acumulado do primeiro trimestre

Com o resultado de março, Minas Gerais acumula 64.187 vagas criadas no ano, decorrente de 671.265 admissões e 607.078 demissões realizadas no período. O saldo positivo do trimestre também teve como principal impulsionador o setor de serviços. O grupo gerou 32.074 postos de trabalho nos três primeiros meses de 2023.

Ainda conforme o Caged, a indústria (12.962 vagas), construção (12.553 vagas) e agropecuária (11.472 vagas) também apresentaram superávits no primeiro trimestre. A única atividade a registrar saldo negativo na geração de empregos foi o comércio (-4.874 vagas).

As informações são do Diário do Comércio.

Foto: Brenda Blossom.

Pesquisar