Tragédia em Blumenau acendeu alerta em prefeituras e na Assembleia, que discutem medidas para melhorar segurança nas escolas mineiras
A tragédia que aconteceu em Blumenau, em Santa Catarina, nesta semana obrigou o poder público em Minas Gerais a repensar o modelo de segurança nas escolas do estado.
Na Assembleia Legislativa (ALMG), um projeto de lei prevê a criação de um botão do pânico, que emite um alerta de emergência para a unidade policial mais próxima da escola. No interior, prefeituras também se mobilizam para a compra de materiais, como detectores de metal e câmeras para as escolas.
O projeto do deputado Douglas Melo (PSD) que prevê a criação do botão de pânico nas escolas está na CCJ e aguarda parecer.
“Seria um botão semelhante àquele que existe nas agências bancárias. Aconteceu algo urgente, aciona o botão dentro da escola, a viatura da PM vai saber que algo está acontecendo e a guarda municipal também é informada”, explica o deputado.
O parlamentar afirmou que, após os últimos fatos, pediu celeridade para a aprovação do projeto na comissão e seguir para plenário.
Ações nas prefeituras
Os municípios também ficam em alerta e buscam soluções para garantir maior segurança nas escolas. Em Nova Serrana, no Centro Oeste, o prefeito Euzébio Lago (MDB) fez uma reunião nesta semana para adquirir o botão do pânico e instalar detector de metais nas escolas.
Ele, no entanto, avalia que mais do que os equipamentos, é preciso treinar os profissionais envolvidos. “É uma questão de prevenção, o preparo e treinamento dos profissionais de educação, para ter uma observação diferente com um indivíduo suspeito ou de um aluno que esteja passando por problemas e precisa de uma atenção maior”, diz o prefeito.
Em Patos de Minas, no Triângulo, o caminho para a instalação de detectores de metal está traçado e novos equipamentos vão ser adquiridos. O prefeito Luiz Eduardo Falcão (Novo) afirmou que a cidade vai contratar seguranças para as escolas.
“Além dos detectores de metal, vamos contratar seguranças para as escolas municipais e Cemeis e colocar também câmeras de vídeo monitoramento. Não só para eventuais ataques externos, mas também para questões internas, para resguardar as crianças e os profissionais que trabalham ali”, explica o prefeito.
As informações são da Itatiaia.
Foto: Reprodução CNN.