O rádio completou 100 anos da primeira transmissão oficial no Brasil. Ao longo desse centenário, o veículo de comunicação precisou se adaptar, reinventar e conquistar novos espaços. Atualmente, sendo multiplataforma, a expectativa é que o futuro a ele pertence.
O diretor do Tudo Rádio, principal fonte de informação sobre o rádio brasileiro, Daniel Starck, aponta que o veículo estará em relevância no futuro, já que é adaptável.
“Ele é um veículo que podemos classificar como camaleão, cada nova tecnologia ele foi embarcando de uma maneira tão natural e isso nos dá uma previsão de que sim, ele tem um futuro pela frente muito expressivo, porque ele chega ao centenário aqui no Brasil de uma maneira muito especial, em consumo elevado do seu conteúdo, presente em praticamente todos os novos dispositivos que surgiram, atendendo ao ouvinte. O fato dele ser adaptável, contando com a credibilidade em alta, companheirismo, ser em áudio, porque o áudio não compete, a gente com certeza tem uma possibilidade de relevância por mais 100 anos.”
Além disso, destaca que a expectativa é que o crescimento do consumo de rádio permaneça em alta nos próximos anos.
“Em 2020, quando teve o crescimento do consumo de informação, toda essa essa oscilação no costume, no comportamento das pessoas, foi vantajoso para o rádio, porque o rádio entrega informação com credibilidade, o rádio entrega conteúdo de entretenimento também com qualidade, do jeito que as pessoas estão interessadas. A grande dúvida era se isso iria continuar depois da pandemia e pelo jeito sim, porque a cada atualização de pesquisa de consumo de rádio no Brasil e lá fora os números são crescentes. Ele está cada vez mais conversando melhor com as novas plataformas. E quando eu falo assim crescimento do rádio e a pessoa não pode imaginar só no digital ela tá acontecendo também no receptor de rádio, então conforme as pessoas também vão retomando as suas rotinas elas também continuam embarcando no rádio ou talvez ouvindo até mais porque gostaram da experiência. Então isso tudo está acontecendo. Agora, a grande questão é: vai continuar acontecendo? Vai depender da nossa entrega. Se gente continuar relevante com e entrega legal, embarcando em tudo que é novidade para onde o público está, ele sim, vai continuar forte dessa maneira.”
O diretor também apontou que essa evolução do veículo é ainda mais expressiva em Minas Gerais, visto que as últimas pesquisas apontam a capital mineira como o maior alcance de rádio.
“Minas Gerais é um caso à parte, porque o maior alcance, segundo a Kantar, de rádio é na praça Belo Horizonte. Se tem alguma dúvida de que o mineiro não acompanha a rádio, não pode ter essa dúvida. Os números comprovam como é forte a penetração do meio na população, a população acompanha. E o rádio de Minas é muito diversificado e entrega um conteúdo local de qualidade e isso é comprovado pelos números. É sempre empolgante falar do rádio de Minas. Esses dados sobre Minas Gerais, em especial a praça de Belo Horizonte, que é replicado no estado inteiro, são muito especiais, mostra como o rádio consegue conversar muito bem com a população, ele está no costume do mineiro. Então isso é algo muito especial não só na entrega de conteúdo, mas a gente vê iniciativas no digital das rádios de Minas, que são incríveis, elas são cases para o mercado de rádio. Belo Horizonte é a praça que está mais próxima do alcance dos grandes mercados do mundo como Estados Unidos, Reino Unido, que é próximo de 90%. Então são números incríveis e isso é resultado do que é feito pelos profissionais de rádio e pelas emissoras de rádio, fora os investimentos que a gente viu nesses últimos dois anos durante o período de pandemia, a gente teve várias novidades no dail, emissoras tradicionais se mexendo de uma forma incrível. Então, a entrega de conteúdo está incrível e realmente a um investimento crescente em rádio, em especial em Minas Gerais.”
Por fim, Daniel Starck ressaltou que a modernização é a grande chave para o futuro do rádio no Brasil.
“Tem um ponto importante desse centenário do rádio, que é como que várias emissoras estão se mostrando nesse centenário como algo moderno, porque o rádio moderno. Centenário parece algo de muito tempo, muito antigo, de fato tem uma trajetória longa e que a gente conhece muito bem do rádio, mas ele está chegando nesse seu centenário se mostrando com veículo muito moderno, muito atual, embarcado em todos os tipos de dispositivos mais modernos que existem. Se entrega áudio tem rádio, então rádio acaba sendo uma maneira de entregar conteúdo e ele vai se adaptando, vai adquirindo através do vídeo, do podcast, de qualquer outra forma. Tem como embarcar em todo lugar, eu acho que é a mensagem que o rádio brasileiro está passando desse centenário de modernidade é fundamental porque isso mostra como ele se adapta e como ele tem um longo futuro pela frente.”
100 anos do rádio
O rádio é um veículo de comunicação que dá voz a sociedade, acolhe, abraça, é humano, e por ser, resiste. Após 100 anos de história no Brasil, a única certeza que temos é que apesar de qualquer situação teremos eternamente um amigo fiel a todo momento e em todo lugar.