Kalil participa da Plenária das Mulheres em BH e recebe carta compromisso para combate ao feminicídio

Alexandre Kalil se comprometeu a repetir no Estado as boas experiências que implantou em BH de proteção e qualificação profissional das mulheres

Minas Gerais não pode mais aceitar o posto de campeão brasileiro de feminicídio. Com esse compromisso, o candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (Coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais), recebeu nesta quarta-feira (17/08), uma Carta Compromisso com a Vida das Mulheres Mineiras, entregue por representantes de movimentos sociais e dos seis partidos que apoiam sua candidatura. 

“Cabe a nós, do universo masculino, entendermos com empatia como a mulher é descriminada, como ela é agredida. Mas eu espero que um dia a gente não aumente a Delegacia de Mulher, e sim que a gente diminua, que a gente não precise mais”.

No ano passado, Minas liderou o ranking de mortes por feminicídio no Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Foram 152 mulheres mortas, enquanto São Paulo, por exemplo, teve 136 vítimas. Em 2022, até junho, já foram registrados 161 casos entre tentados e consumados, em Minas.

Kalil mostrou sua indignação com o tratamento que vem sendo dado às mulheres na atual administração do governo de Minas, que não tem nenhuma política pública voltada para as mulheres.

“Vamos tirar quem acha que bater em mulher é do instinto humano. Eu fico absolutamente horrorizado quando ouvi o nosso excelentíssimo governador falar que isso é instinto humano. Isso não é instinto humano, isso é uma covardia, isso é uma maldade”, disse em referência a uma declaração feita pelo governador Romeu Zema.

A secretária de Mulheres do PT, Andrea Cangussu, que fez a entrega da carta a Kalil, destacou que a luta das mineiras é pela sobrevivência. 

“Neste momento, a gente precisa viver neste Estado, as mulheres não têm segurança, precisam sobreviver, estamos sendo vitimadas, precisamos sobreviver para depois reivindicar outras políticas públicas”, afirmou. 

Carta-compromisso

Entre os pontos citados na carta estão a ampliação do número de Delegacias Especializadas em Atendimento às Mulheres, já que hoje apenas 69 estão em funcionamento, definição de políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio e a outros tipos de violências contra as mulheres, e mais espaços como casas de acolhimento, casas de abrigo e centros de referência, contemplando todas as regiões do Estado.

Outra demanda diz respeito a planos habitacionais e de moradia para as mulheres, com equipamentos que reduzam as tarefas domésticas, como lavanderias e restaurantes comunitários/populares; e atenção especial às mulheres com deficiência e idosas

As mulheres também reivindicam políticas públicas para aumentar a inserção no mercado de trabalho.

Experiência em governar com as mulheres

Após receber a carta, Kalil lembrou que, durante sua gestão à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, grande parte da sua equipe era composta por mulheres.

“Mais de 80% do orçamento da prefeitura estava mão das mulheres, e eu sei que foi tratado com carinho e com dedicação, porque elas têm mais sensibilidade, uma visão diferente de mundo, muito melhor”.

O ex-prefeito da capital também lembrou das políticas desenvolvidas para as mulheres.

“Quando distribuímos cesta básica, na ajuda de 400 reais que demos, eu determinei que fosse entregue para a dona de casa, para a mulher, porque as mulheres têm uma visão diferente do homem “.

Kalil também lembrou de outras ações, como o programa de qualificação profissional na área de Tecnologia da Comunicação (TI), voltado especificamente para mulheres.

“O programa está aberto e vamos formar 5 mil mulheres em Belo Horizonte. Governar para as mulheres e com as mulheres não é novidade para mim, eu tenho o que mostrar”.

O encontro com as mulheres aconteceu no Comitê Central, em Belo Horizonte. O candidato a vice-governador, André Quintão (PT), e o senador Alexandre Silveira (PSD), que tenta a reeleição, também participaram.

As informações são da Assessoria

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