Mercado de equídeos movimenta R$ 16 bilhões por ano e gera mais de 640 mil empregos diretos no Brasil
s concursos de marcha de equídeos e as cavalgadas podem ser reconhecidos em Minas Gerais como iniciativas de relevante interesse cultural e bem de natureza imaterial que integra o patrimônio e a história do nosso Estado. Estão em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais dois projetos de lei que tratam da equideocultura, sendo um de autoria do deputado Glaycon Franco (PL 3675/2022) e, o segundo, do deputado Douglas Melo (PL 3.697/2022) – que está sendo analisado e relatado pelo parlamentar lafaietense.
Glaycon, que é filho de produtor rural e lida com os animais desde a infância, sabe como a equideocultura é relevante não só para preservação de nossas tradições e história, mas também para o desenvolvimento econômico, a promoção da saúde e o bem-estar social. “Os cavalos e muares fazem parte do nosso cotidiano há séculos. Antigamente para a locomoção, o transporte de cargas. Hoje, são utilizados até mesmo em esportes olímpicos”, lembrou o deputado.
O mercado de criação de cavalos e muares, segundo a Sociedade Nacional de Agricultura, movimenta mais de R$ 16 bilhões por ano, ofertando 642 mil postos de trabalho diretos em todo o Brasil. Temos o quarto maior rebanho do mundo, com cerca de 6 milhões de cabeças, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Os animais são utilizados também na área da Saúde, em tratamentos terapêuticos de crianças e adultos com problemas motores ou psicológicos. Não bastasse isso, a prática esportiva em cavalos e muares é uma forma de trabalhar a postura e queimar algumas calorias. Especialistas apontam que 45 minutos sem muito esforço podem resultar na queima de 200 calorias.
A equitação, por sua vez, trabalha muito os membros inferiores e obriga o fortalecimento da parte interna da coxa e das pernas. A postura característica na modalidade também tonifica a coluna vertebral e o abdômen, assim como a musculatura das costas.
Roteiro cultural
A equideocultura também movimenta o turismo e o setor de eventos em Minas Gerais. Foi lançado recentemente o roteiro turístico Raízes da Marcha, em Entre Rios, para valorizar as raças do cavalo Campolina e do Jumento Pêga, muito conhecidas na região. O projeto visa também ressaltar a criação e a história da raça Mangalarga Marchador, muito representativa no Estado.
O roteiro engloba os municípios de Entre Rios de Minas, Lagoa Dourada, Prados, Dores de Campos, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei, Madre de Deus de Minas e Carrancas. Ao passar por estas cidades, o turista terá a oportunidade de experimentar, além das cavalgadas, diversas características do interior de Minas Gerais, como a calmaria do campo, o convívio com a natureza e com os animais e a hospitalidade do povo mineiro.
“É preciso reconhecer a relevância da equideocultura e suas ramificações em Minas Gerais. As proposições que tramitam na Assembleia Legislativa, sendo uma de minha autoria, apresentam todo o contexto sociocultural e de mercado ligado à cultura dos cavalos e muares. Os projetos de lei visam valorizar tradições para que elas se perpetuem e gerem números ainda melhores na nossa economia”, finalizou Glaycon Franco.
As informações são da assessoria.