Maior parte das dívidas atuais são com os bancos, diz SPC
Cerca de 62 milhões e 700 mil pessoas estavam com o nome negativado no país até o mês passado, 0,6% a mais que em maio. Esse volume de consumidores com contas atrasadas também é 6,5% maior em relação ao mesmo período de 2021. O levantamento foi feito nas capitais e interior dos 26 Estados, além do Distrito Federal, pela CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil – Serviço de Proteção ao Crédito.
A inflação dos itens básicos tem ocupado mais espaço no orçamento. Com isso, outras dívidas menos imediatas vão se acumulando. Mais da metade das dívidas atuais são com os bancos. Foi nesse segmento que elas mais cresceram na comparação anual, 24%; seguido de água e luz, 4,5%. Caíram apenas as dívidas em atraso com o setor de comunicação, 10%; e de comércio, 4%.
De acordo com a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, variantes como a qualidade dos empregos e a inflação têm influenciado esse cenário.
O levantamento também destacou o perfil dos endividados. O número de devedores com participação mais expressiva, um quarto deles, têm entre 30 e 39 anos. Essa é justamente a faixa etária que está construindo patrimônio e que tem mais gastos familiares, conforme explica a especialista em finanças.
O tamanho das dívidas também cresceu. O brasileiro negativado devia em média pouco mais de 3 mil e quinhentos reais no mês de junho. Um crescimento de 12,7% em relação ao ano passado.
As informações são da Agência Brasil.
Foto: Agência Brasil