Seguindo o delegado-chefe Felipe Colombari, são investigados dois ex-funcionários do Mário Palmério Hospital Universitário, dois médicos e um indivíduo que ainda não pode ser identificado
Justiça determinou o bloqueio de bens de cinco pessoas investigadas por desvios do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Grande (Cisvalegran). Ao todo, houve a retenção de R$276 mil de recursos de contas bancárias e, também, o sequestro de cinco veículos para eventual reparação de danos causados ao erário do consórcio ou dos municípios integrantes do órgão.
O bloqueio de bens dos suspeitos foi ordenado pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Uberaba, Marcos Botega. A medida atendeu a pedido do Ministério Público e da Polícia Civil, que estão com inquérito em andamento para investigar possível desvio de verbas públicas na área da Saúde.
Segundo o chefe da Polícia Civil de Uberaba, delegado-chefe Felipe Colombari, são investigados dois ex-funcionários do Mário Palmério Hospital Universitário, dois médicos e um indivíduo que ainda não pode ser identificado. Entre os suspeitos, há pessoas residentes em Uberaba e em Ribeirão Preto.
A investigação envolve contrato firmado entre Cisvalegran e o Hospital Universitário Mário Palmério para atender as prefeituras ligadas ao órgão. Na apuração inicial, foram detectados indícios de apropriação indevida de recursos porque a verba do consórcio teria sido repassada a uma clínica oftalmológica em Ribeirão Preto para pagar procedimentos que não foram executados ou mesmo para cobrir atendimentos realizados a pacientes de cidades que não fazem parte da região do Cisvalegran.
Em maio deste ano, foi realizada operação para o cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão em Ribeirão Preto e Uberaba. Foram alvo dos mandados imóveis residenciais dos suspeitos e, também, a clínica oftalmológica pertencente aos acusados. Foram apreendidos seis aparelhos de telefone, um notebook e dezenas de contratos e documentos envolvendo as ações desenvolvidas com os recursos do Cisvalegran.
Conforme as informações do Ministério Público, já foram realizadas as oitivas relacionadas à denúncia e a análise das provas periciais está quase encerrada. Com a medida restritiva determinada pela Justiça, o inquérito policial entra em fase de conclusão.