Em suas redes sociais o DJ informou que foi até a delegacia da Polícia Civil em Belo Horizonte e registrou um boletim de ocorrência.
O DJ Pedro Henrique Dias Viana, conhecido como “PH da Serra”, um dia depois de prestar depoimento sobre a acusação de dopar e estuprar uma jovem de 20 anos após um show em Viçosa, o DJ voltou a procurar a Polícia Civil (PC) em Belo Horizonte, desta vez para registrar queixa por ameaças que recebeu nas redes sociais.
A informação foi divulgada na noite de segunda-feira (21) pelas redes sociais do músico Pedro Henrique Dias Vieira, de 25 anos, que produziu diversos sucessos de funkeiros de BH e de São Paulo, entre eles o hit “Bala Love”.
“Ontem (domingo) eu já tinha ido à delegacia prestar esclarecimentos sobre isso família, e fui liberado por não apresentar nenhum tipo de provas contra mim. Isso não passa de uma pessoa querendo mídia. Hoje já fui novamente, porque tem uma pá de zé povinho me ameaçando. Levei alguns prints e já registrei todas as queixas”, publicou o funkeiro.
Ele postou ainda uma foto da fachada do Departamento de Investigação de Fraudes (Deif), da PC. “Quem não deve não teme, a todos os meus fãs, não se preocupem, está tudo bem”, escreveu o DJ na legenda da imagem.
PH da Serra também divulgou uma nota oficial, assinada por um escritório de advocacia criminal, em que alegava que houve sexo consensual com a mulher e, também, alertava para as represálias e ameaças “à sua vida e integridade corporal”.
“O Escritório Rafael Andrade Advocacia Criminal Especializada, responsável pela defesa dos interesses de Pedro Henrique, informa que todo ato de agressão, ameaça ou ofensa à honra do artista, serão duramente repelidas pelas vias jurídicas e legais”, completa o texto.
Procurada nesta terça-feira (22), a PC informou não ter localizado algum registro de ocorrência referente às ameaças sofridos pelo DJ PH da Serra.
RELEMBRE O CASO
No último domingo (20), uma jovem de 20 anos acusou o DJ PH da Serra de tê-la estuprado após um show durante uma calourada na cidade da Zona da Mata. Para a Polícia Militar (PM), a vítima disse ter sofrido um “apagão” depois de tomar um copo de cerveja no camarim do funkeiro, que foi conduzido para prestar depoimento, mas acabou ouvido e liberado após negar o crime, alegando que a relação foi consensual.
Após dar entrada em um hospital, em relato a uma policial a jovem relatou que, no sábado (19), foi em um local conhecido como Fazendinha e, lá, após o fim da apresentação do DJ, pediu para ir ao camarim dele.
A vítima relatou ainda que foi servida de um copo de cerveja no local e que, depois disso, se lembra apenas de lapsos, como de subir uma escada e de estar deitada em uma cama. Ela confirmou ter bebido na festa, mas que estava consciente até a ida ao camarim.
A jovem também contou que, na manhã seguinte, acordou em uma pousada na cidade de Teixeiras, que fica a cerca de 14 quilômetros de Viçosa. A camareira do estabelecimento disse, de acordo com a PM, que, ao limpar o quarto, havia diversas manchas de sangue no lençol, e que estranhou o fato.
PARA PM, ESTUPRO ‘FICOU CLARO’
Em seu relato à PM, a médica da unidade hospitalar que realizou o exame de coleta na vítima informou ter encontrado “muito material de esperma”. Ainda conforme a corporação, diante disso, ficou claro a existência do crime de estupro de vulnerável.
A jovem também passou por exame toxicológico, que apontará se alguma substância foi utilizada para dopá-la.