Morte de criança de 11 anos já vacinada é investigada em Juiz de Fora

O menino faleceu 20 dias após receber a primeira dose do imunizante e não possuía comorbidades conhecidas

O óbito de um garoto de 11 anos com suspeita de Covid-19 é investigado pela Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. De acordo com o executivo municipal, o menino recebeu a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no dia 21 de janeiro, 20 dias antes de falecer, na última quarta-feira (9).

Conforme o infectologista pediátrico Marcelo Otsuka, receber as duas doses do imunizante é o que realmente promove a proteção contra o vírus. Ele explicou que, provavelmente, a criança ainda estava suscetível a doença e a vacina não pode provocar a Covid-19. Ele também pontuou que, se imunizado com a segunda dose, haveria menos possibilidade de um caso tão grave. O especialista destacou que, normalmente, o imunizante faz efeito após duas semanas da aplicação. Assim, embora a criança tenha apresentado sintomas após esse período, ele deve ter sido infectado antes.

O menino, acompanhado da avó, foi atendido em uma UBS na última terça-feira (8), reclamando de tosse, dor de cabeça, de garganta e fadiga desde sábado (5). Os sinais vitais dele estavam normais, segundo exames, mas o resultado foi positivo ao realizarem o teste rápido de Covid-19. Os médicos recomendaram que a criança se afastasse da escola e prescreveram alguns remédios.

No dia seguinte, a avó encontrou a criança sem vida em seu quarto, conforme boletim da Polícia Militar. O Samu constatou o óbito do menino por Covid-19, ainda no local. De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, o Samu ainda não notificou a Secretaria Municipal de Saúde sobre a causa da morte, não tendo sido contabilizada no boletim municipal de casos da doença.

 

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