Operação Colônia mira organização criminosa e cumpre 41 mandados no Alto Paranaíba

Nessa quinta-feira (10), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia Militar, realizou a operação Colônia, com o objetivo desarticular o principal grupo criminoso especializado no tráfico de drogas, sobretudo cocaína, atuante em Patos de Minas e região. Na ocasião, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão nas cidades de Patos de Minas, Patrocínio, Guimarânia, Lagoa Formosa e Presidente Olegário.

Por mais de seis meses, a Polícia Civil em Patos de Minas investiga o grupo, sendo nessa fase das apurações identificados os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e porte de arma de fogo. No curso da ação, cinco pessoas foram conduzidas à Delegacia de Plantão em Patos de Minas e quase R$ 12 mil foram apreendidos.

A operação contou com a participação de 56 policiais civis e 90 militares, além do Canil da Polícia Civil, da Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG, e da Rondas Ostensivas Com Cães (Rocca) da Polícia Militar.

Fases da investigação

No dia 14 de junho do último ano, foram apreendidos mais de seis quilos de cocaína pela Polícia Militar. A suspeita era de que a droga pertencia à organização criminosa e que a movimentação de entorpecentes estaria ocorrendo em grande escala na cidade de Patos de Minas e na região. Dois meses depois, no dia 16 de agosto, militares apreenderam mais de dois quilos de cocaína, e cerca de R$ 5 mil em poder de outro integrante do grupo.

No mês seguinte, em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, no dia 21 de setembro, foram apreendidos 14 quilos de cocaína e mais de R$ 3 mil. As drogas estavam enterradas em tonéis, sendo localizadas com o auxílio de cães farejadores. Um homem apontado como líder do grupo criminoso e a companheira dele também foram presos. Ele estava foragido da Justiça desde o dia 10 de dezembro de 2020, em virtude da operação Coalizão. O casal estava escondido no distrito Colônia Agrícola, em Patos de Minas, local estratégico para recebimento, armazenamento e repasse do material, que era enviado, inclusive, para outras cidades.

No dia 18 de novembro, um dos líderes do grupo teria contratado um motorista de aplicativo para uma viagem a Uberlândia, com o objetivo de comprar uma arma de fogo. Em abordagem da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal, o motorista foi preso em poder de uma pistola calibre 380, com numeração raspada. Seis dias depois (24/11), a Polícia Militar realizou buscas em uma moto, de propriedade de um integrante do grupo criminoso, na BR-352. Durante buscas no veículo, foram encontrados cerca de 99 gramas de cocaína e quase seis quilos de maconha. Na ocasião, antes da abordagem, o investigado conseguiu fugir.

Ainda em relação às investigações sobre o grupo, um integrante da quadrilha é investigado pela PCMG por um homicídio ocorrido no dia 16 de outubro do ano passado, em Lagamar, Noroeste de Minas. A suspeita é de que a motivação tenha relação com o tráfico de drogas.

Operação Colônia

O nome da operação se deve ao fato de o grupo criminoso colonizar a venda de cocaína em Patos de Minas, sendo cumpridos mandados de busca em 19 bairros. Nesses locais, os suspeitos reuniam pessoas sem envolvimento em crimes para contribuírem com a organização criminosa.

Além disso, foi dada ênfase ao distrito Colônia Agrícola, em que apesar de ser uma localidade sem qualquer vínculo com a criminalidade, foi o local escolhido pelo líder do bando para comandar todo o esquema criminoso.

As informações são da PCMG.

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