O Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, núcleo Varginha, obteve, no final da tarde desta terça-feira, 11, a condenação de um homem denunciado pela prática do homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa do ofendido. Conforme a denúncia, ele matou um rival integrante da organização criminosa Comando Vermelho, bem como praticou o delito de corrupção de menores.
Operação Algoz: em Júri realizado nesta terça-feira, 11, integrante do PCC foi condenado a 26 anos de prisão pela morte de rival no Sul de MG. Leia mais em https://t.co/Nj5PwdqrRs. pic.twitter.com/3rhKjEJgmu
— MPMG (@MPMG_Oficial) January 12, 2022
Segundo apurado, no final do ano de 2017, integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), visando à intimidação coletiva, sequestraram e mataram, com requintes de crueldade, em razão de disputas por pontos de tráfico de drogas na cidade de Elói Mendes, no Sul do estado, um membro do Comando Vermelho (CV).
A ação foi filmada para a comprovação, por parte dos executores, do cumprimento da “missão” (ordem advinda da cúpula) e circulou pelas redes sociais.
No julgamento desta terça, o conselho de sentença reconheceu a prática do homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores.
A pena foi fixada em mais de 26 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
O sentenciado segue preso. Dois outros participantes do mesmo crime já haviam sido condenados ao cumprimento de penas que variaram de 26 a 28 anos de reclusão.
Relembre o caso
No final do ano de 2017, o crime gerou a instauração de duas investigações pelo Ministério Público. A primeira, para a apuração do homicídio, e a segunda, para a apuração dos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.
A segunda investigação conduziu ao reconhecimento da atividade desenvolvida por uma célula do PCC na cidade de Elói Mendes e gerou 11 condenações, já confirmadas em segunda instância. A primeira investigação resultou nas condenações divulgadas.
Foto: divulgação/MPMG