Novo protocolo reduz falhas e traz mais segurança aos pacientes e aos profissionais durante o procedimento
O Hospital Júlia Kubitschek (HJK), administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), conta com um novo protocolo na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que visa evitar falhas na extubação de pacientes. A transformação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) em um checklist impresso, com a assinatura do médico, do fisioterapeuta e do enfermeiro da equipe responsável, oferece mais segurança a pacientes e profissionais.
A implantação do checklist no HJK ocorreu após pesquisa realizada pela própria equipe multidisciplinar do Complexo de Especialidades da Fhemig em outras unidades hospitalares, nas quais este protocolo já era utilizado com resultados positivos, sendo identificados facilmente os motivos das falhas de extubação. “Após este estudo, adaptamos alguns modelos para a realidade do nosso hospital”, conta a coordenadora da equipe, Erika Inácio.
Segundo Erika, fisioterapeuta, o checklist é considerado um documento, que é anexado ao prontuário do paciente. “Futuramente, ele nos permitirá quantificar as falhas de extubação e identificar seus motivos, transformando-se em um indicador. Além disso, ele auxilia os profissionais em todas as tomadas de decisões durante o procedimento”, afirma a coordenadora.
Critérios
Durante o checklist, são verificados, inicialmente, os principais critérios necessários para que o paciente possa ser extubado com segurança. “O primeiro deles é se a causa primária da intubação foi resolvida. Em caso positivo, já é um passo para extubarmos o paciente”, explica Erika.
Em sequência, é verificado se ele também consegue realizar todo o ciclo respiratório sozinho. “Se a sua frequência respiratória é espontânea, e ele puxa a quantidade de ar que quer – o que chamamos de pressão de suporte -, já podemos considerar a extubação”, completa a profissional.
Além dos critérios primordiais, também são avaliados outros fatores pelo checklist. Exemplos são verificar se a hemoglobina do paciente está muito baixa, se ele possui excesso de secreção, se existe febre e se a gasometria se encontra dentro dos parâmetros.
“Se após a realização do checklist tudo estiver dentro do esperado, fazemos o ‘Teste de Respiração Espontânea (TRE)’, que será mais uma garantia de que o procedimento poderá ser conduzido com segurança”, finaliza a fisioterapeuta.
As informações são da Agência Minas.
Foto: Divulgação/Fhemig