Operação Octanagem: desarticulada quadrilha de estelionatários em MG

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram hoje (11), a Operação Octanagem para desarticular quadrilha especializada na prática de golpes de estelionato e lavagem de dinheiro. A 11ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, especializada em crimes praticados por organizações criminosas, expediu 13 mandados de prisão temporária, 14 mandados de busca e apreensão e ordens judiciais de sequestro e indisponibilidade de bens de 47 pessoas físicas e jurídicas que estão sendo cumpridos nesta manhã pelos dois órgãos federais.

Em 2018 um boato circulou nas redes sociais, dando conta de que o empresário Adriano dos Santos teria sido preso por adulteração de combustível. O empresário recebeu a visita do Ministério Público, que apenas questionou porque o litro do etanol estaria sendo vendido mais caro do que o habitual. Na época a notícia seria fake news espalhadas por aplicativos de mensagens.

O prejuízo causado às instituições financeiras Caixa Econômica Federal, Banco Itaú, Banco do Brasil, Banco Santander e Banco Bradesco ultrapassa, ao todo, doze milhões e meio de reais, em valor não atualizado.O Grupo criminoso possui sedes nas cidades de Divinópolis/MG, Lauro de Freitas/BA e região metropolitana de Belo Horizonte/MG.

Entenda a operação

A Interpol em Minas Gerais identificou a quadrilha responsável pela expedição de mais de três centenas de documentos federais e estaduais ideologicamente falsos. A partir destas informações foram iniciadas as investigações em julho de 2020. A partir da obtenção e uso de documentos falsos de identidade, carteiras de habilitação e CPF, a quadrilha praticou fraudes contra instituições financeiras e posteriormente passou a “lavar” o dinheiro, obtido ilicitamente, em uma rede de aproximadamente 30 postos de combustíveis.

Esta rede possui grande atuação na região centro-oeste mineira e no mercado imobiliário dos estados de Minas Gerais e Bahia.
No trabalho investigativo realizado pela PF, com auxílio da Receita Federal, foi possível identificar e qualificar os usuários dos documentos, ideologicamente falsos, expedidos em nome de 47 pessoas físicas e posteriormente utilizados em alterações contratuais de 38 empresas registradas nas juntas comerciais de Minas Gerais e Bahia. Os investigados responderão pelos crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Após o término da Operação, eles serão encaminhados ao presídio onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

Casal é preso

Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira, na sede da Polícia Federal em Divinópolis, representantes da Polícia Federal e da Receita Federal, explicaram que um casal foi detido em Divinópolis, sendo que o casal já foi ouvido e será encaminhado ao Presídio. Ainda segundo a Polícia Federal a prisão é temporária e mais de 60 policiais participaram dessa ação. A Polícia detalhou que ainda há uma pessoa foragida. Foram apreendidos mais de 300 documentos falsos e veículos de luxo. A lavagem de dinheiro acontecia em imóveis na Bahia e em postos de combustíveis em Divinópolis e região.

Com informações da Polícia Federal e portal MPA/TV Candidés, associada Amirt

Foto: Divulgação/ Polícia Federal

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