A primeira espaçonave da Europa a explorar a órbita de Vênus foi lançada ao espaço em 9 de novembro de 2005. A missão não tripulada Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), foi enviada para estudar a atmosfera do planeta e as características da superfície.
Quando partiu, a missão deveria durar cerca de um ano e meio – mas o prazo foi estendido cinco vezes. Construída por uma empresa francesa e a bordo de um foguete russo, a sonda foi lançada no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para percorrer 41 milhões de quilômetros no espaço, até alcançar o planeta Vênus.
A última missão enviada ao planeta até então tinha sido a sonda Magalhães, da Agência Espacial Americana (Nasa), em 1989. O equipamento fez milhares de registros fotográficos e mostraram evidências de vulcanismo, ventos turbulentos na superfície e canais de lava. Também foi possível verificar que a temperatura chegava a 475ºC, mais de 100 vezes a temperatura máxima já registrada no Brasil.
Magalhães levou 15 meses para chegar ao planeta Vênus. Mais de uma década depois, a sonda europeia fez a viagem em cinco meses e chegou à órbita do planeta vizinho em 11 de abril de 2006.
A missão permitiu descobertas importantes, como evidências de que existiram oceanos e maior prevalência de raios em Vênus do que na Terra. Os cientistas identificaram ainda a existência de uma camada de ozônio na atmosfera. As pesquisas também apontaram que a temperatura média de Vênus é alta por causa de um efeito estufa extremo, que aquece a superfície do planeta.
Depois de nove anos, os estudos chegaram ao fim em 15 de maio de 2014. A espaçonave continuou na órbita de Vênus e em 28 de novembro de 2014, os cientistas perderam contato com o equipamento. A missão Venus Express foi oficialmente encerrada em 16 de dezembro de 2014.
As informações são da Radioagência Nacional.
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