Jany Lima é diretora de conteúdo do Grupo Maringá de Comunicação, com experiência em rádio, TV, internet, cinema e eventos. Além de toda essa bagagem, é presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP Maringá) e diretora de comunicação da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
Na televisão, Jany criou, produziu e apresentou o Programa Credencial. Já no cinema, ela atuou no marketing da Rede Cinesystem, onde criou a promoção de sucesso “Beijo Vale Desconto”. Por fim, retornou ao Grupo Maringá, onde conduz a programação das rádios Maringá FM e Mix e a direção artística da GMC Eventos.
Confira a entrevista:
Embora seja formada em Jornalismo, você também trabalha diretamente com publicidade e outras áreas da comunicação. A partir dessas experiências, qual é o seu principal papel como comunicadora?
Entendo que meu papel como comunicadora é analisar dados, observar o comportamento das pessoas, entendê-las e à partir daí construir um discurso claro e eficiente, para atingir qualquer meta, seja ela jornalística, institucional ou publicitária.
Para a gente entender melhor esse papel é importante lembrar que o processo de comunicação consiste em passar algum significado para o público, como cada pessoa dá o significado que quiser, um comunicador precisa entender a percepção do público para fazer uma comunicação eficiente que gere a compreensão planejada e assim atinja a estratégia da marca ou campanha.
Em uma live da AMIRT, você contou que começou a trabalhar com rádio aos 12 anos. Para sua carreira, qual foi o significado desse seu ingresso no meio tão cedo? Você acredita que entrar tão nova no meio contribuiu para a profissional que você se tornou?
Sim, eu comecei a trabalhar numa rádio AM aos 12 anos, apresentando um programa infantil. A grande vantagem de ter começado cedo no rádio é que tenho vivência de muitas fases tecnológicas do veículo. Isso me deu uma visão mais abrangente e com certeza me fez uma profissional com mais habilidades.
Sempre falo para universitários que conversam comigo que experiências são fundamentais para a construção de uma carreira. Por isso, aproveitem qualquer oportunidade, mesmo que não seja a mais rentável ou ideal.
Você teve grandes inspirações femininas que motivaram a sua carreira ou o seu pensamento ao longo dos anos?
Acredito que uma mulher sempre inspira e abre caminhos para outras mulheres. A vitória de uma mulher sempre será de todas. Acho incrível que o conceito de sororidade esteja tão bem compreendido hoje e as mulheres se apoiem mais do que em qualquer outro tempo.
Dezenas de mulheres me inspiraram, não exatamente na comunicação, considerando que infelizmente vi poucas mulheres ocupando cargo de liderança. Isso é outra vitória que estamos vendo ao longo dos últimos anos. Hoje vejo muitas mulheres como heads de empresas e times. Eu me esforço cada dia para fazer algo que inspire novas gerações de meninas.
Como profissional, você se vê como modelo para inspirar outras jornalistas de rádio?
Acho que respondi na pergunta anterior.
Gostaria que falasse sobre a importância do chip FM.
Lembra que falei que o comunicador precisar analisar dados, na primeira pergunta dessa entrevista? Pois então, veja: o Brasil tem 213 milhões de brasileiros e essas pessoas possuem 205 milhões de celulares. Analisando isso, vejo que um dos principais receptores do rádio é o celular.
Como as emissoras podem utilizar as mídias sociais para conseguir audiência?
Essa pergunta daria outra entrevista… rs.
Vamos lá, as pessoas ouvem cada vez menos rádio naquele receptor ‘rádio da vovó’, aquele dial antigo, sabe? Mas há cada vez mais celulares, caixas bluetooth, smarts speakers e computadores. Então, novamente observando comportamentos, temos que estar com o som das nossas rádios, nesses novos receptores. Quanto às redes sociais, elas precisam ter conteúdos que levem os ouvintes para a rádio na internet.
No Grupo Maringá, você tem utilizado quais estratégias para atrair as novas gerações a ouvirem rádio?
Conteúdo + inovação + criatividade + talentos + amor ao rádio. <3
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Fotos: Arquivo pessoal/Jany Lima