Petroleiros da Regap farão nova reunião para decidir se greve após surto de covid-19 continua

Os funcionários estão de braços cruzados desde o início dessa segunda-feira

Petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Regap) em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão de braços cruzados desde o início de segunda-feira em busca de medidas contra a covid-19 na empresa. A categoria deve se reunir novamente nos próximos dias para decidir pela continuidade ou não da greve.

O novo coronavírus já contaminou mais de 200 funcionários no local, 12 deles estão internados e dois estão entubados.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG), Alexandre Finamore, por enquanto estão parados apenas os serviços não essenciais dentro da refinaria, garantindo a produção de combustíveis em normalidade. “Não é o objetivo da categoria desabastecer o mercado mineiro em período de pandemia. Nosso objetivo é resguardar a saúde dos trabalhadores por causa do surto de covid.”

Finamore explica que nos próximos dias os petroleiros irão se reunir novamente para decidir os rumos da paralisação. “Nós iremos chamar a categoria para uma assembleia, apresentar os avanços para saber se já é o suficiente para que a gente suspenda a greve.”

Por meio de nota, a Petrobras afirmou que desde maio de 2020 são aplicados testes rápidos em todos os colaboradores da empresa para evitar a contaminação dentro das instalações da unidade. A nota afirma também que a Regap opera com equipes de contingência, sem impacto na produção.

Surto de covid-19

Desde o dia 28 de fevereiro, a Regap passa por um procedimento chamado “parada de manutenção”, o que aumentou bastante o número de trabalhadores no local. Os trabalhos têm previsão de durar 30 dias. Com isso, muitas pessoas vieram de outros estados para atuar no espaço.

Como o setor é considerado essencial, a Regap manterá um contingente mínimo de funcionários trabalhando para atender às demandas.

O surto de covid-19 na Regap foi denunciado pelo Sindipetro-MG ao Ministério Público do Trabalho (MPT), à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, à Ouvidoria do Estado de Minas Gerais, ao Conselho Estadual de Saúde, ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador e Conselho Municipal de Saúde, ambos de Betim.

 

Fonte: Itatiaia

Postado originalmente por: Portal Sete

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