A fita adesiva foi desenvolvida pelos departamentos de Química e Odontologia da UFMG
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram uma fita adesiva capaz de proteger superfícies contra o novo coronavírus por até 28 dias. A tecnologia apresentou resultados positivos depois de uma série de testes no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Para a testagem, a fita foi fixada em diferentes áreas do local, como maçanetas, corrimãos e balcões, onde há grande movimentação de pessoas sujeitas há toques frequentes de mãos. A análise consistiu na coleta de amostras nos intervalos de 7, 14, 21 e 28 e mostrou eficácia contra o o Sars-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19.
A UFMG é detentora da patente, uma vez que a substância foi desenvolvida pelo departamentos de Química, do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), e de Odontologia Restauradora, da Faculdade de Odontologia.
O fita antiviral foi produzida em escala piloto, mas a empresa Erhena, do ramo têxtil, que investiu na produção do composto químico, está estudando a venda do material no atacado e varejo.
O pesquisador Rubén Dario Sinisterra, do Departamento de Química da UFMG, disse que um produto criado com conhecimento da universidade pública para resolver problemas da sociedade é um motivo de alegria. Segundo ele, os testes demonstraram a capacidade antiviral e também antibacteriana da fita, que preservou o ambiente livre de vírus.
Foto: Erhena/Divulgação