Intenção de consumo das famílias atinge maior índice desde maio

Ainda assim, foi a pior taxa para o mês de dezembro da série histórica

A Intenção de Consumo das Famílias cresceu 1,2% entre novembro e dezembro, atingindo 72,1 pontos. Foi o maior índice desde maio deste ano, auge da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Apesar da alta, este é o pior resultado para o mês de dezembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. No confronto anual, houve queda de 25,1%, a nona retração seguida nessa base de comparação.

Mesmo permanecendo abaixo do nível de satisfação de 100 pontos desde abril de 2015, a economista da CNC, Catarina Carneiro, faz uma avaliação positiva do indicador. Ela destaca que essa é a 4ª taxa de crescimento consecutiva na Intenção de Consumo das Famílias.

Dos sete tópicos usados para calcular o indicador, seis apresentaram alta em dezembro, ante novembro. Os avanços foram de 0,6% no emprego atual; 3% na perspectiva profissional; 1% na renda atual; 1,4% no acesso ao crédito; 0,9 no nível de consumo atual, além de crescimento de 1% na perspectiva de consumo. A única queda verificada foi no índice que avalia momento para a compra de produtos duráveis, que registrou o segundo recuo consecutivo.

A economista responsável pelo estudo, disse que a percepção sobre o Emprego Atual chamou a atenção no resultado do mês. A pesquisa mostrou que a maior parte dos entrevistados, ou 32,8%, se sente tão segura com seu emprego quanto no ano passado.

Ainda segundo a CNC, a maioria das famílias acredita que vai consumir menos nos próximos três meses. Por outro lado, houve aumento no percentual daquelas que pretendem consumir mais, que alcançou a maior proporção desde maio de 2020.

*As informações são da Radioagência Nacional

Pesquisar