Nas lavouras de toda a região, os produtores já estão preparando o solo para o plantio da soja, uma vez que, com a chegada da nova massa de ar polar, vieram as primeiras chuvas do mês de agosto. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção deve bater novo recorde neste ano, com previsão para 6,7% de aumento.
Conforme foi publicado no endereço virtual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para garantir os rendimentos na próxima colheita, é necessário realizar a correção de acidez da terra e a adubação no período certo, além de escolher a melhor época para a semeadura. Uma vez que a umidade do ar e do solo são responsáveis por boa parte das produções agrícolas, é preciso utilizar técnicas para diminuir os efeitos causados pela estiagem, tais como o uso da palhada e o monitoramento de pragas nas raízes.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Passos (Sinnlral), Elder Maia dos Reis, explica que, nos casos em que se realiza o plantio direto, algumas etapas de preparação se tornam desnecessárias. “Nesta situação, não é preciso gradear a terra que é a implantação de discos metálicos nos locais de lavouras. Quando as plantações são intercaladas , o que muitos fazem na safrinha de milho para aguardar o período da soja, a produção é mais farta, porque o solo já possui muitos nutrientes”, contou.
Para o engenheiro agrônomo Leandro Piza, o maior erro dos produtores é utilizar recursos para que as plantas de desenvolvam em curto período de tempo. “Não adianta querer acelerar as etapas, a lavoura precisa respeitar seus prazos para florescer e dar os frutos. Quando aplicamos substâncias para antecipar o processo, muitas vezes os rendimentos não são os mesmos, porque existem diferenças entre o que é prático e o que é saudável, ou seja, o melhor é investir tempo e insumo de qualidade para receber bons lucros”, orientou o profissional.
Thiago Rodrigues dos Santos, produtor rural há oito anos, tem acompanhado o preço da soja e decidiu se dedicar a esta cultura no ano passado. ” Percebi a força deste mercado e comecei a plantar, agora estou me preparando para semear a lavoura pela terceira vez. Este grão oferece rendimentos bastante consideráveis, junto do milho, porque formam a base da alimentação de muitos animais, como frangos, suínos e bovinos. Então, se tivermos os cuidados necessários, conseguimos colher em grandes quantidades. Além disso, o preço está favorável, não podemos perder a oportunidade”, disse o agricultor.
Neste fim de semana, de acordo com os valores divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação para a saca de 60, quilos da soja ficou em R$ 126,96 – a variação diária tem sido de 0,25% a 0,41% em Minas Gerais.
Fonte: Folha da Manhã
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro