País é o quinto no mundo a superar marca de 30 mil óbitos e contabiliza 555.383 casos de pessoas contaminadas
A cada dia, o Brasil estabelece marcas negativas e impressionantes em relação ao coronavírus. Nessa terça-feira (2), o país registrou a marca de 1.262 mortes, um recorde no período de 24 horas desde 17 de março, quando foi registrada o primeiro óbito, em São Paulo. Depois de quatro dias, o Brasil voltou a registrar mais de 1 mil mortes por coronavírus em único dia. As estatísticas divulgadas pelo Ministério da Saúde nessa terça-feira mostram que o país chegou ao número preocupante de 31.199 óbitos – e 555.383 casos confirmados.
O país é o quinto a passar a marca de 30 mil vidas perdidas. Anteriormente, Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Espanha já haviam superado a triste estatística. O recorde anterior de mortes em 24 horas no Brasil foi registrado em 21 de maio (1.188).
Desde 22 de maio, o Brasil é o segundo país com mais casos confirmados de Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que registravam mais de 1,8 milhão de casos nesta terça-feira. Os dados são do balanço global feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins.
Nas últimas 24 horas (entre segunda e esta terça), 28.936 novas pessoas foram notificadas com COVID-19 no Brasil. O Ministério da Saúde divulgou que 300.546 pacientes estão em acompanhamento, o que representa 54,1% do total de mais de 500 mil casos. Outros 223.638 pacientes (40,1%) se recuperaram da doença.
Enquanto diversos países da Europa veem comércios e escolas reabrirem e ensaiam uma gradual volta à normalidade, o Brasil torna-se novo epicentro da pandemia no mundo. Depois da alerta feita pela Organização Mundial de Saúde, que alertou que o país não está no pico da doença, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também alega há um aumento inusitado no número de contaminados em solo brasileiro.
Estados em colapso
O alto índice de mortes no Brasil nesta terça-feira pode ser explicado pelo impressionante aumento em vários estados, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os paulistanos contabilizaram o recorde de óbitos e casos desde o início da pandemia: foram 327 vidas perdidas e 6.999 novos infectados – 7,8 mil mortes e 118 mil casos no total. A taxa de ocupação das UTIs já se aproxima de 90%. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), já admite rever as medidas de flexibilização da economia.
No Rio de Janeiro, o panorama é parecido. Nesta terça-feira, foram notificados 2.202 casos, com 224 mortes confirmadas. O total de infectados e óbitos é, respectivamente, 56.732 e 5.686.
Os estados de Ceará (3.421 mortos), Amazonas (2.102) e Pará (3.040) já vivem caos nas unidades de saúde e no sistema funerário.
Em número de casos, um destaque negativo é o avanço progressivo do Maranhão, que tomou o sexto lugar de Pernambuco: o estado já soma 36.625 pessoas infectadas e 997 mortes.
Minas Gerais também vem crescendo na tabela, ocupando atualmente o 13º posto no país nos casos notificados: são 10.939, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG). O total de mortos é 289.
Postado originalmente por: Portal Sete