Nenhum morador da cidade de Brumadinho vai esquecer a tragédia de um ano atrás. E desde do dia 25 de janeiro de 2019 para cá, a vida de quem mora ou morava no município foi se tornando cada vez mais difícil. Parentes perdidos, turismo em queda, pessoas desaparecidas, terrenos totalmente destruídos e extrema dificuldade para reestruturar a renda. Esses são apenas alguns dos principais motivos para que a população de Brumadinho entrasse em estado de depressão coletiva.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, houve um aumento de 56% de antidepressivos e 80% de ansiolíticos em relação a 2018. Os suicídios passaram 1 para 5 e as tentativas subiram de 29 para 47, com riscos de ser um número maior do que registrado.
Para a Secretaria de Saúde, a Prefeitura do município deve aumentar o número de profissionais na área da saúde para poder dar uma melhor assistência para a população. Muitos moradores não têm com quem conversar pelo fato da maioria estar sofrendo pelos mesmos problemas, então eles encontram ‘válvulas de escapes’ nos remédios ou se machucando fisicamente.
Além disso, há um problema na falta de trabalhadores, já que também houve nesse setor um aumento de adoecimento dos profissionais da saúde, aumentando para 100 o número de afastamentos. Em 2018 foram 15.
A Vale se pronunciou sobre o assunto e disse que criou o Programa Referência da Família que acompanha 600 famílias de Brumadinho, garantindo assistência médica. Além disto, a empresa também repassou R$32 milhões para ampliação de assistências de saúde e psicossociais.
Vale lembrar que existe o CVV (Centro de Valorização da Vida), uma instituição criada para ajudar pessoas com depressão e que querem cometer o suicídio. Através dessa rede, quem julgar necessário pode ligar para o número 188 ou entrar no chat pelo site cvv.org.br. Além desse, existem atendimentos especiais nos Centros de Atenção Psicossocial, nas Unidades Básicas de Saúde, as UPAs, Prontos Socorros, Hospitais ou no Samu pelo telefone 192.