Preço de material escolar de grife cai, mas genérico é mais barato

Cadernos licenciados de personagens de cinema e clubes de futebol estão até 26% mais em conta. Valor de um produto comum, que subiu neste ano, chega ser até 30% menor

Apesar de, em geral, os preços de material escolar terem se mantido estáveis neste ano em relação ao ano passado, produtos “de marca” ou licenciados – que são aqueles com imagens de desenhos, personagens infantis ou clubes de futebol, por exemplo –, em média, ficaram mais baratos em 2020.

Itens genéricos, contudo, tiveram leve ascensão de preço em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar disso, ainda é mais barato comprar produtos comuns do que os “de grife” em papelarias e livrarias. As informações são de um levantamento do site Mercado Mineiro, divulgado ontem.

Para se ter ideia, o preço do caderno brochurão genérico, que ficou R$ 0,50 mais em conta neste ano, indo de R$ 5,52 a R$ 5,03, ainda é quase 30% mais barato do que cadernos licenciados ou de marca. Contudo, a queda no preço “de grife” foi significativamente maior, caindo de R$ 10,02 em média, no ano passado, para R$ 7,37 neste ano – o que significa retração de 26% no preço, ou R$ 2,65.

O caderno universitário espiral de 96 folhas genérico ficou 16,29% mais caro neste ano, flutuando entre R$ 5,98 a R$ 6,92, e os licenciados caíram 18,25%, indo de R$ 10,72 a R$ 8,76. Contudo, esses produtos continuam em média 26% mais caros do que os comuns.

O mesmo ocorreu com a caixa de lápis de cor de 24 cores. Os materiais de marca ficaram 21% mais baratos em 2020, em comparação ao ano passado, variando de R$ 26,78 a R$ 21,13, enquanto os genéricos ficaram 4,2% mais caros – subindo de R$ 17,80 a R$ 18,55 em média.

Segundo Feliciano Abreu, coordenador do site Mercado Mineiro, a dica para economizar neste início de ano é prestar bastante atenção nos preços e se munir de informação para conseguir negociar na hora da compra.

Além disso, o especialista afirma que é desejável fazer as compras em mais de uma loja, sempre buscando valores mais baixos para os produtos necessários. “O momento de comprar é agora, no final do mês fica difícil negociar. O ideal é ter o preço médio para cada produto em mente para tentar barganhar nas lojas, baseando seus argumentos na concorrência”, diz.

Outro ponto de atenção aos pais deve ser com o cartão de crédito. Com várias outras contas importantes que precisam ser pagas em janeiro, desde tributos como o IPVA e IPTU até gastos com mensalidade escolar e despesas acumuladas nos feriados de fim de ano, é importante não abusar dos parcelamentos.

“O momento é de ter informação, comprar em duas ou três lojas e tentar ao máximo não parcelar os gastos”, afirma Abreu.

Variação

Além das diferenças no preço neste ano em relação ao ano passado, a variação de valores para o mesmo produto em diferentes comércios de Belo Horizonte chega a 480%.

A pesquisa encontrou, por exemplo, itens como o cartolina de 48 x 60 cm por valores entre R$ 0,50 e R$ 2,90, e borracha comum entre R$1 e R$ 4,90, o que representa variação de 390%.

A pesquisa do Mercado Mineiro foi realizada entre os dias 8 e 9 deste mês e abarcou 82 produtos em nove estabelecimentos na capital.

Mensalidades estão mais caras em 2020

Embora os preços de material escolar, em média, não terem avançado neste ano em relação ao ano passado, as matrículas e as mensalidades escolares avançaram, em média, 9% em 2020 em comparação com oss valores praticados no mesmo período de 2019, segundo pesquisa do site Mercado Mineiro.

Para o turno da tarde, a média dos preços subiu de R$ 946,89 para R$ 1.034,03 neste ano. A mensalidade para crianças que estudam pela manhã avançou de R$ 993,19 para R$ 1.082,21 em 2020.

Mensalidades para turno integral passaram de R$ 1.538,38 a R$ 1.627,68 no mesmo período. Além disso, o custo médio para matrícula está 5% maior em 2020, indo de R$ 603,46 no ano passado para R$ 633,62 agora.

 

Fonte: O Tempo

Postado originalmente por: Portal Sete

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