As acusações contra o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), tomaram um novo rumo após a vice-presidente regional do partido, em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas, Ivanete Nogueira, afirmar que em 2018, Marcelo usou serviços sem nota fiscal e fez pagamentos com dinheiro entregue em uma caixa de papel. Na época, o atual ministro era candidato a deputado federal pela legenda.
O dinheiro, de acordo com a vice-presidente regional, foi entregue pelo assessor Jandir Siqueira e seria usado para pagar o aluguel de um salão e pessoas que foram contratados para fazer panfletagem.
Segundo Ivanete, em entrevista à Folha de S.Paulo, ela recebeu o dinheiro dois dias antes da eleição, no gabinete de Marcelo. Ela afirma que Jandir teria lhe passado R$ 17 mil.
Ivanete ainda disse que tentou entregar os recibos ao assessor, mas ele não quis receber. A vice-presidente ainda afirmou que estes documentos já foram entregues à Polícia Federal.
De acordo com os investigadores, os recibos entregues por Ivanete, não estão na prestação de contas da campanha do ministro.
Por meio de nota, a defesa do ministro afirmou que as acusações de Ivanete são inverídicas. Ainda foi informado que em 2018, Ivanete não trabalhou na campanha do candidato.
Marcelo Álvaro Antônio ainda é investigado por ser líder de um esquema de candidaturas-laranja do PSL. Além dele, outras dez pessoas também são investigadas. A suspeita é de que ele seria chefe da organização montada para desviar dinheiro do fundo eleitoral.
No dia 22 deste mês Marcelo vai ao Senado prestar esclarecimentos sobre o caso das candidaturas-laranja na Comissão de Transparência.