O ex-governador Fernando Pimentel (PT) e o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, vão ser interrogados nesta terça-feira (30), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, em desdobramento da Operação Acrônimo.
A investigação aponta que Pimentel teria omitido receitas e despesas durante o período de campanha, em 2014. Na época, Pimentel era Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo Dilma.
O ex-governador teria usado os serviços de uma gráfica do empresário Bené, durante o período de campanha eleitoral, e não declarou os valores. As investigações ainda apontam que Pimentel teria recebido vantagens indevidas.
Em delação premiada, o empresário afirmou que o ex-governador teria cobrado R$ 5 milhões em propina do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo. Este valor seria usado como compensação pelo lobby para que o grupo operasse no terminal.
Ainda na delação, Bené afirmou que o grupo pagou caixa dois de campanha ao então candidato do PT, simulando um contrato com a Vox Populi.
A ação tramitava no Supremo Tribunal Federal, mas foi remetida para a Justiça Eleitoral de Minas.
O advogado do ex-governador afirmou que a polícia fez um grande esforço para achar algo contra Pimentel e acabou caindo na instrução do processo, que ficou por conta de dois colaboradores. Ainda segundo o advogado, “o Ministério Público não provou nada, porque não tinha nada para provar”.