De acordo com o Corpo de Bombeiros, 99% das causas dos incêndios são humanas
No último domingo (14), três hectares da Serra do Curral, em Belo Horizonte, foram queimados. A equipe do Corpo de Bombeiros só conseguiu controlar as chamas na segunda-feira (15). A causa não foi divulgada, mas de acordo com os militares um fato comum nesta época do ano é a promulgação dos focos de incêndio por conta da baixa umidade do ar e a redução no volume das chuvas.
Ainda na segunda-feira, um incêndio de grandes proporções foi constatado na MG-455, que liga Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ao município de Campo Florido, na mesma região. As chamas chegaram a se alastrar para um clube de pesca na cidade. Outro incêndio em Uberlândia aconteceu no mesmo dia, desta vez próximo ao aeroporto da cidade. No último sábado (13), por volta das 17h30, um incêndio atingiu a rádio Educadora FM, de Ubá, na Zona da Mata. Segundo o diretor-presidente da emissora, Paulo Xavier, as chamas danificaram cabos, coaxiais e antenas. Vale destacar que o incêndio iniciou após o fogo colocado no pasto se alastrar.
Já nessa terça-feira (16), outro incêndio aconteceu em uma vegetação, próximo à arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na região Central de Minas. Pelo menos um hectare foi queimado. A equipe do Corpo de Bombeiros informou que o fogo alto causou riscos aos motoristas que passavam pelo local. De acordo com a corporação, as ocorrências apontam que os locais onde vem ocorrendo estes incêndios são zonas de amortecimento e de ocupação comunitária.
Casos como estes tiveram aumento no estado. De janeiro a junho deste ano, houve uma alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2018, foram registrados 4.148 incêndios deste tipo no estado, neste ano já são 5.477, levando em consideração os primeiros seis meses. Ao todo, de janeiro a dezembro de 2018, o Corpo de Bombeiros atendeu 10.810 ocorrências deste tipo em Minas Gerais.
Segundo o Tenente Leonan Soares Pereira, Comandante do Pelotão de Combate a Incêndios Florestais do CBMMG, 99% das causas de incêndios são por provocação humana. “Durante este período crítico, praticamente todas as causas são humanas, e são motivadas por negligência, limpeza através do fogo, renovação de pastagens e meios que utilizam a combustão para diversão, como fogos de artifício e balões”, explica.
A corporação ainda orienta que se alguém constatar incêndio nestas áreas e for treinado pelo Corpo de Bombeiros Militar, pode iniciar ações de combate às chamadas. “Esta pessoa pode iniciar as ações e logo repassar ao Corpo de Bombeiros a necessidade de apoio. Pelo contrário, se a pessoa que constatar o foco de incêndio florestal não possuir treinamento, ela deve realizar contato, via 193, e repassar informações básicas da situação do local, como a extensão do fogo, altura das chamas e vias de acesso para viaturas da corporação”, orienta.