Estoque de farmácia do Estado é reposto, mas ainda faltam cerca de 50 itens

A chegada de uma nova remessa de medicamentos enviada pelo Estado provocou, nesta segunda-feira (1º de julho), uma corrida à unidade juiz-forana do Núcleo de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), mas não foi suficiente para regularizar os estoques. Como a Tribuna noticiou na sexta-feira (28), pelo menos 80 fármacos estavam em falta na cidade até a semana passada. Segundo a última atualização realizada no dia 28 pela Superintendência Regional de Juiz de Fora (SRS/JF), dos 229 medicamentos distribuídos pelo Estado, 40 ainda estão em falta.

Em matérias reiteradas, a Tribuna tem denunciado a dificuldade que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm encontrado para obter medicamentos, que deveriam ser distribuídos gratuitamente pelo Estado. Em reportagem publicada em novembro do ano passado, o jornal mostrou que pelo menos 40 tipos de remédios estavam em falta na cidade. Até sexta-feira, o número havia dobrado. Alguns não eram despachados para o município desde 2016.

“Chegou grande parte, mas não tudo”, comenta uma senhora, que preferiu não ser identificada. Ela precisa usar um medicamento para que não tenha rejeição ao transplante renal. Desde outubro do ano passado, não consegue o medicamento no Núcleo de Assistência Farmacêutica. Nesse período, ela pediu doações e, quando não foi atendida, teve de comprar. Cada caixa custa, em média, R$ 114 e ela precisa de duas por mês. “Como a procura está muito grande, o preço também subiu. Já cheguei a pagar R$ 300 por mês.” O gasto nas farmácias, comenta, impacta o orçamento doméstico, já que ela está desempregada e tem filhos para criar sozinha. Com a chegada do medicamento, segundo ela, a sensação é de alívio, mas por não saber se o abastecimento foi regularizado ou se houve uma reposição pontual, a preocupação continua.

Por meio de sua assessoria, a Regional de Juiz de Fora informou que os motivos da falta de medicamentos são variados e podem estar relacionados a atraso no pagamento dos fornecedores pela SES-MG, atraso de entrega pelos fornecedores e pelo Ministério da Saúde, insucesso nos processos licitatórios e problemas com matéria-prima, dentre outras situações. “Vale ressaltar que os estoques de medicamentos são dinâmicos, mudam com muita frequência em virtude de novas distribuições e da dispensação aos usuários.” A estimativa é que cerca de dez mil usuários sejam atendidos, por mês, no Núcleo de Assistência Farmacêutica.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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