O dilema no fornecimento de medicamentos contra o câncer em Divinópolis começou no início deste mês, quando a SEMUSA alegou a falta de medicamentos para duas doenças. O secretário de saúde disse que, numa parceria com a ACCCOM vai conseguir fornecer medicamento para o tratamento de pelo menos uma delas.
Ao todo são 167 pacientes tratando leucemia e câncer de mama. No início deste mês a secretaria de saúde de Divinópolis informou que os pacientes ficariam sem os medicamentos, devido à suspensão do fornecimento por parte da secretaria de estado de saúde.
O Ministério da Saúde é o responsável por fornecer o medicamento para as secretarias estaduais, que por sua vez encaminham às unidades de tratamento. Em Divinópolis, o hospital São João de Deus é responsável por repassar o medicamento aos pacientes. Diante da possibilidade de ter o fornecimento suspenso, a ACCCOM entrou como parceira pra auxiliar na obtenção de pelo menos um medicamento o de combate à leucemia.
Segundo a Associação de Combate ao Câncer, os recursos para adquirir os medicamentos virão de fundos próprios. Pra se ter noção, em Divinópolis, o imatinibe que auxilia no combate a leucemia custa R$ 84 mil mensais para atender a 72 pacientes. Já outros 95 pacientes necessitam do trastuzumabe, responsável pelo tratamento do câncer de mama.
Esse é um dos medicamentos mais caros e dificilmente é encontrado. O custo total para atender aos pacientes da cidade chega a quase 800 mil reais. E para que o tratamento tenha eficácia, é necessária a continuidade. O Ministério da Saúde alegou ter solicitado a distribuição do remédio para tratamento do câncer de mama. A expectativa é de que até o fim do mês, o fornecimento volte ao normal. Caso isso não ocorra, o município entrará com um mandato de segurança e poderá abrir uma licitação, o que pode demorar mais seis meses.
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Postado originalmente por: TV Candides
