Os procedimentos para a abertura da CPI dos Medicamentos na Câmara Municipal de Timóteo, que tem como objetivo a investigação sobre possíveis fraudes na compra de medicamentos durante o governo de Geraldo Hilário (PP), estão em andamento e os líderes de bancada devem indicar os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito até às 18h de sexta-feira (20).
O Requerimento N.º 30/2018, de autoria do vereador suplente Kiko Silveira (PPS), solicita a instauração da CPI com três membros efetivos e três suplentes. Após o prazo de indicação, a presidência da Casa Legislativa deve formalizar a comissão por meio de uma portaria, o que deve ser feito até meados da próxima semana.
Além de Kiko, outros 11 vereadores assinaram o requerimento que pede a abertura da investigação. Somente os vereadores Geraldo Moreira Nanico (PSD), Luiz Perdigão (PP) e Moacir de Castro (PSDB) não assinaram o documento. O suplente Kiko afirmou ao Diário do Aço que a motivação ao protocolar o requerimento foi o resultado de uma auditoria na prefeitura e a repercussão na mídia.
O então prefeito interino Adriano Alvarenga (PMB) realizou auditoria interna na Prefeitura e informou à imprensa o desvio de R$ 900 mil, aproximadamente, na compra de medicamentos. Assim, decidi formalizar o requerimento para apurar os fatos, que devem ser comprovados agora, comenta Kiko.
O autor do requerimento ainda salientou que, mesmo fora da Câmara, acompanhará o processo de instauração da CPI, pois acredita que o trabalho será positivo. Estou confiante na criação da comissão e espero que os vereadores indicados possam fazer um trabalho sério e que investigue de fato estas possíveis fraudes. Eu, como cidadão de Timóteo, farei uma comunicação ao Ministério Público sobre esses fatos, completa Kiko.
Caso a CPI dos Medicamentos seja instaurada, os membros da comissão terão 90 dias para realizar a investigação. Este período pode ser prorrogado de acordo com a legislação vigente.
Fraudes
No dia 21 de junho, o então prefeito interino de Timóteo convidou a imprensa e informou o esquema da Administração de Geraldo Hilário e a empresa fornecedora dos medicamentos. Na ocasião, Adriano Alvarenga afirmou que a empresa entregou certa quantidade de medicamentos, mas outra parcela da encomenda não chegou ao município.
