Além de compartilhar os materiais em grupos de aplicativos de celular, os aliciadores realizavam praticas de abuso
Na manhã desta quinta-feira (26), foram cumpridos pela Polícia Federal 10 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em Minas Gerais e outros seis estados. Os mandados fazem parte da segunda fase da operação “Underground 2”, que investiga distribuição de pornografia infantil.
Durante as investigações, foi constatado que, além de compartilhar os materiais em grupos de aplicativos de celular, os aliciadores realizavam práticas de abuso.
De acordo com Polícia Federal, o conteúdo foi encontrado por meio de técnicas de investigação digital da Deep Web, criado pelo próprio departamento de inteligência do órgão.
As investigações revelaram ainda que na grande maioria dos casos, os envolvidos efetivamente abusavam sexualmente das crianças, registrando as imagens. Além disso, a pessoa era, normalmente, do convívio familiar da vítima.
A primeira fase da operação foi deflagrada em abril de 2017. Na época, foram presos 21 investigados, entre eles estrangeiros que foram encaminhados pela Interpol para os países onde possuem nacionalidade.
A justiça brasileira, segundo seu código penal, prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão para o crime de publicação de imagens de pornografia infantil. Já o estupro de vulneráveis gera de 8 a 15 anos de prisão. Além de Minas Gerais, a operação aconteceu em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre.