IBGE aponta altos índices de desocupados e pessoas que desistiram de procurar trabalho no país

O mercado de trabalho não mostrou sinais significativos de recuperação no terceiro trimestre deste ano. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua Trimestral, a Pnad contínua divulgada nesta quarta feira pelo IBGE.

 

Embora a taxa de desocupação de 11,9% tenha sido menor do que a média do país no trimestre anterior,  em 21 unidades da federação não houve recuperação nos níveis de ocupação, em seis houve uma ligeira queda e em uma houve aumento da desocupação, é o caso  de Roraima.

 

A taxa de subutilização ficou em 24,2% ou 27 milhões e 320 mil pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência  de horas trabalhadas ou desalentadas. Índice praticamente  igual ao do trimestre  passado.

 

O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar trabalho, ficou em 4 milhões e 780 mil pessoas, mantendo estabilidade em relação ao trimestre anterior, que bateu o recorde de desalentados desde o início da série histórica em 2012. Maranhão e Alagoas tiveram as maiores taxas de desalentados.

 

Os dados mostram também crescimento de 4,77% do número  de ocupados sem carteira de trabalho assinada, o que significa 522 mil pessoas a mais nessa condição no terceiro trimestre deste ano. Maranhão, Piauí e Paraiba registraram os maiores índices.

 

A Região Nordeste tem também a maior taxa de desocupação, de 14,4% e a região sul, a menor, com 7,9%, mostrando a desigualdade entre as regiões. Sudeste e Centro- Oeste apresentaram queda na desocupação. Simar Azeredo,  coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, destaca que os dados mostram a fragilidade do mercado de trabalho.

 

As regiões Norte e Nordeste também tem o maior percentual de trabalhadores por conta própria, com 32,4% no norte e 29% no nordeste. A pesquisa mostra ainda o aumento das pessoas que estão há 2 anos ou mais procurando trabalho, que totalizaram 3 milhões e 197 mil pessoas, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2017.

 

A Pnad mostra também a continuidade do maior índice de ocupação entre os homens, com 64,3%, do que entre as mulheres, com 45,4%, embora a desigualdade venha caindo pela perda de postos de trabalho entre os homens. 

 

Entre os 12 milhões e meio de desocupados no Brasil 52,2% eram pardos, 12% pretos e 34,7%, brancos. A comparação  com o início da série histórica  em 2012 mostra redução da desocupação entre os brancos, mas aumento entre os negros.

Fonte: Agencia Brasil

 

E.B

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